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ENTRETENIMENTO

“Queremos democratizar o acesso aos eSports”, revela diretor de El Hero

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El Hero é uma aposta grande no mercado mobile e também para os jogos brasileiros, pela primeira vez o jogo tem um estande na Brasil Game Show onde é possível jogar a beta do jogo tanto no celular ou PC.

Tive a oportunidade de conversar com Ramon, diretor da Moonite Games, o estúdio brasileiro responsável pelo El Hero, que compartilhou mais sobre o projeto e seu papel: “Estamos produzindo o jogo há 9 meses. Estou à frente da parte conceitual, da construção e de todo o caminho que o jogo está seguindo, assim como das direções que estamos explorando para o mercado, tanto brasileiro quanto mundial.”

Durante minha jogatina no estande, notei certas semelhanças com locais que remetem a alguns estados do Brasil. Sendo um jogo online que, sem dúvida, receberá mais atualizações, perguntei ao diretor se pretendem adicionar mais regiões ao jogo. Ramon explicou: “Atualmente, temos em torno de 8 locais específicos, com nomes próprios, como Porto Inseguro, a Central e a Capital. Todos esses nomes foram criados pela comunidade; lançamos a ideia no Discord e fizemos uma live para coletar sugestões.”

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Ramon continuou: “O mapa hoje tem 2,5 km², e nossa ideia é preencher ao máximo as regiões ainda vazias. A gente já tem, pelo menos, umas 4 cidades maiores, com mais loot e com estética que representa o Norte, o Nordeste e outras regiões do país. Nosso objetivo é realmente representar o máximo possível o Brasil e levar esse mapa para o mundo todo. Queremos testar como jogadores de diferentes partes do mundo reagem a esse mapa. Recebemos boas respostas do público russo e indiano, e discutimos sobre o jogo no Discord, sobre especialmente a estética que eles acham interessante e diferente do padrão atual, que costuma sempre ser muito inspirado nos EUA ou em outros países”.

Perguntei ao diretor sobre os veículos que poderíamos ver na versão completa do jogo, além da bicicleta que foi adicionada na beta. Ele respondeu: “Nossa ideia é trazer veículos que o brasileiro usa no dia a dia. Moto, por exemplo, é algo que usamos bastante. Já trouxemos a bicicleta, e pensamos também em trazer skate. Queremos adicionar meios de transporte diferentes, que fujam do padrão.”

Ele continuou: “Talvez um carrinho, uma picape, algo assim. Queremos trazer o máximo possível de carros. Existe a questão do licenciamento, mas a ideia é incluir veículos típicos do Brasil, como a Kombi ou o Fusca, que têm uma estética bem marcante no país.”

Luva de Pedreiro no jogo

Durante a feira, foi anunciado que Iran, mais conhecido como “Luva de Pedreiro”, receberia uma skin dentro do jogo. Perguntei ao diretor sobre o motivo de associar a imagem do projeto ao influenciador, e Ramon explicou:

“Como ele é um influenciador que veio do nada e se tornou grande, mantendo-se relevante até hoje, o El Hero também compartilha dessa proposta. É um jogo que, de certa forma, surgiu de um estúdio indie, um estúdio menor que começou com 4 ou 5 pessoas e, em menos de seis meses, cresceu para uma equipe de 40. Por isso, o Luva é uma figura importante para nós durante a produção, pois ajuda a reafirmar que também podemos levar o jogo para o mundo todo, assim como ele fez com sua imagem.”

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O diferencial do El Hero

Questionei ao Ramon como seu jogo poderia se destacar no meio de outros gigantes do mobile e ele respondeu: “O primeiro ponto é a personalização. Você tem milhões de combinações disponíveis gratuitamente, não precisa pagar por skins; pode criar à vontade. Dá para mudar o nariz, os olhos, o gênero e outros detalhes, permitindo uma identificação bem legal.”

“O segundo ponto é o marketplace, sendo algo que veio de outros jogos, como CS, Dota 2 e muitos títulos da Steam. Quisemos trazer isso de volta para o mobile, já que essa ideia se afastou um pouco, indo para o lado dos NFTs, o que não é o nosso caso. Nós não temos NFTs nem nada disso, mas queríamos que as skins fossem dos jogadores, e que eles pudessem monetizá-las. Assim, quem começou no Alpha ou Beta e comprou skins no início, daqui a 3 ou 5 anos, quando o jogo estiver em outros mercados, como os Estados Unidos, poderá monetizar essa venda em dólar e afins.”

Ramon continuou: “O terceiro é o Cash Game, que considero como o ponto de partida para tudo isso. A ideia é oferecer um jogo em que você possa entrar a qualquer momento e competir por dinheiro real. Por exemplo, em uma quarta-feira, às 15h, eu entro, dou play e consigo achar uma partida valendo R$ 1, R$ 5, R$ 100 ou até R$ 300. Queremos democratizar o acesso aos eSports com isso.”

Ele prosseguiu: “O quarto ponto envolve o Brasil; trazemos muito da nossa cultura para o jogo, e estamos aprendendo muito com isso, o que fortalece ainda mais o projeto. Por fim, o quinto ponto é a comunidade. O jogo é totalmente moldado por ela. As mecânicas são discutidas no Discord, onde eles testam semanalmente para nós. Precisamos estar em constante diálogo com quem joga as versões alpha e beta para entender a direção na qual o jogo deve evoluir”, concluiu Ramon.

 

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