ENTRETENIMENTO
R$ 250 em Lixeiras: Brincadeira de empresário acreano vira polêmica nacional
A recente ação do empresário Jeferson Rodrigo, dono do Atacadão do Celular, que escondeu R$ 250 em locais públicos, incluindo lixeiras, gerou uma onda de críticas nas redes sociais. A justificativa, segundo ele, seria a impossibilidade de usar o Pix devido às novas regras da Receita Federal. Mas a “brincadeira”, como ele a chamou, expõe mais do que uma estratégia de marketing; reflete uma desconexão com a realidade social e uma falta de sensibilidade em relação à pobreza e à desigualdade.
Embora a intenção de presentear seguidores possa parecer benigna à primeira vista, a forma como o dinheiro foi distribuído – em locais públicos, inclusive em lixeiras – é profundamente problemática. Comentários como “deplorável” e “jogar na caixa de lixo é demais” refletem a indignação generalizada de internautas que viram na ação uma falta de respeito e consideração pela situação de vulnerabilidade de muitas pessoas. A busca por dinheiro em locais associados ao lixo reforça a imagem de uma sociedade desigual, onde a riqueza é ostentada enquanto a pobreza é invisibilizada.
Este episódio não é isolado. No ano passado, um caso similar envolvendo o dentista Júnior Nascimento, que enterrou dinheiro em uma rotatória, gerou repercussão semelhante. Embora Nascimento afirme não ter sido processado criminalmente, a autuação administrativa demonstra que mesmo ações aparentemente inofensivas podem ter consequências legais.
A polêmica gerada por essas ações levanta questionamentos importantes: até que ponto a busca por viralização nas redes sociais justifica ações que podem ser interpretadas como desrespeitosas e insensíveis? A responsabilidade social das figuras públicas, especialmente empresários com grande alcance nas redes, deve ser considerada na hora de planejar ações de marketing ou iniciativas aparentemente beneficentes. A “brincadeira” com dinheiro em locais públicos, longe de ser inofensiva, expõe as fraturas sociais e a necessidade de uma maior conscientização sobre a responsabilidade social de quem detém poder e influência.