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ENTRETENIMENTO

Série da Globoplay teve impacto negativo para o carnaval do Rio, diz diretor de marketing da Liesa

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O sucesso do documentário Vale o Escrito: A guerra do jogo do bicho gerou discussões sobre segurança pública, memes e muita dor de cabeça para a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa). Isso porque a produção da Globoplay impactou negativamente a imagem da instituição. Quem afirma é o diretor de marketing da Liesa, Gabriel David.

Filho do bicheiro Anísio Abraão David, presidente de honra da Beija-Flor, Gabriel contou que aceitou participar das gravações para falar sobre o carnaval e não sobre a contravenção. “Não conhecia praticamente nenhuma das histórias que estavam ali porque a maioria delas aconteceu antes de eu nascer”, disse em entrevista para a revista

O namorado de Giovanna Lancellotti ainda fez questão de enfatizar que nunca trabalhou com o jogo do bicho e que sequer tem essa pretensão. Na série documental, o diretor de marketing aparece durante o episódio em que se refletia sobre o futuro do setor com os filhos dos principais contraventores do Rio de Janeiro.

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Se a narrativa parecia instigante e interessante aos olhos dos espectadores, na opinião de Gabriel David o saldo foi negativo para a Liesa. Segundo ele, Vale o escrito é excelente como entretenimento, mas não ajuda em nada na imagem da Liga. “Retratou o lado negativo das escolas. Não só das escolas, mas de algumas pessoas que já passaram por elas”, opinou.

Como diretor de marketing da Liesa, Gabriel conta que trabalha para que as pessoas vejam justamente o contrário. Há três anos à frente do cargo, ele diz que faz questão de mostrar o lado positivo do carnaval e das agremiações: “As escolas têm um grande trabalho social, que muitas vezes nem o Estado consegue. Existiram várias ações que os governos usaram as escolas de samba para chegar ao povo.”

Mesmo com o incômodo, se engana quem pensa que a estratégia é se distanciar totalmente da história do jogo do bicho. “Dificilmente o carnaval teria a escala e o tamanho que tem globalmente se não tivesse sido o dinheiro da contravenção”, admite Gabriel David.

Ele também enfatiza que hoje o carnaval é 100% sustentável, mas foi preciso muito trabalho para que o poder público entendesse o retorno que a festa dá e investisse nela. “No passado não era assim. O Carnaval, os sambistas eram vistos como pessoas marginais, como pessoas excluídas da sociedade”, contrapõe.

No entanto, o trabalho para melhorar a imagem do carnaval carioca não fica apenas no discurso. De acordo com ele, o resgate da credibilidade da Liga passa pela prática de “boas atitudes”.

“Fomos retomando parte do controle sobre o evento, através desse novo modelo de negócio, o que permite que a gente venda, com mais propriedade e com mais valor para os patrocinadores, os ativos do Carnaval”, explicou.

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Neste ano, a venda de ingressos para o sambódromo do Rio de Janeiro acontece apenas pela empresa Ticketmaster. Outra exclusividade é o da venda de bebidas dentro da Marquês de Sapucaí com a Ambev, que patrocina e comercializa a cerveja Brahma como a bebida oficial do Carnaval durante os dias de evento.

“Isso gera um valor de mercado e, obviamente, a gente também consegue, através disso, ter um controle sobre essa receita de patrocínio, que antes era dispersa”, explica o diretor de marketing.

 

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