Suplicy é diagnosticado com Parkinson e faz tratamento com cannabis medicinal

O deputado estadual Eduardo Suplicy (PT-SP) contou ter recebido um diagnóstico da doença de Parkinson no fim de 2022. Os sintomas incluem tremores nas mãos e dores musculares na perna esquerda, segundo ele, que tem feito tratamento com uso da cannabis medicinal.

O político fez a revelação em entrevista à coluna de Mônica Bergamo, no jornal Folha de S. Paulo, Suplicy relatou que a doença foi detectada em fase inicial e, por enquanto, os sintomas são considerados leves.

O Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, crônica e progressiva, e que causa tremores. “Eu não me dei conta de que tinha Parkinson. Só mais tarde, conversando com a doutora Luana Oliveira, é que fui percebendo alguns sintomas”, disse. A neurologista é do núcleo de Cannabis Medicinal do hospital Sírio-Libanês.

“Eu estava com certos tremores nas mãos, especificamente na hora de comer, de segurar os talheres, de tomar uma sopa. Tremia um pouco”, disse o petista na entrevista. “Tinha também dores musculares na perna esquerda.” Ele contou, ainda, ter algum desequilíbrio, que o fazia quase cair ao tropeçar em algum objeto.

Suplicy disse que resolveu vir à público para falar sobre a doença por defender o uso da cannabis medicinal, que acredita que deve ter distribuição regulamentada no Brasil. Atualmente, o tratamento não é acessível a toda a população.

O político explicou que, para começar seu tratamento em fevereiro deste ano, precisou importar um vidro do medicamento. Ele disse que toma cinco gotas do medicamento no café da manhã, cinco gotas à tarde e outras cinco à tarde. Ele também usa o Prolopa, remédio contra o Parkinson.

Nesta terça-feira, 19, Suplicy participa de uma audiência pública na Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados para discutir a regulamentação do cultivo e distribuição da cannabis no País. O deputado defende que o medicamento tem tido efeito em seu dia a dia. “Tudo melhorou bastante. A dor na perna sumiu. O tremor, na hora de comer, melhorou. Tenho caminhado com firmeza”, pontuou.