ENTRETENIMENTO
Tiago Leifert rebate Casagrande: ‘Dá para gostar de futebol sem matar’
A troca de farpas entre o apresentador Tiago Leifert e o comentarista e ex-jogador de futebol Walter Casagrande continua. Em participação no Morning Show, da Jovem Pan, na terça-feira, 11, Leifert rebateu Casagrande por tê-lo criticado por dizer que a palmeirense morta durante um confronto entre torcedores do Palmeiras e Flamengo “assumiu um risco” ao integrar uma torcida organizada e depois voltar atrás.
“O fato de ela ser de [torcida] organizada é relevante, porque quem tá lá corre maior risco, e isso é ruim. Mas se é esse futebol que o Casagrande e a Milly Lacombe querem, problema nenhum, fiquem à vontade”, disse Leifert.
“Na semana passada, um atleta do Corinthians, o Luan, que pode ter o problema que for, está jogando mal, está afastado, foi espancado no motel por uma torcida organizada. Isso não pode acontecer. Mas o Casagrande disse ‘Ok, ele fez por merecer’. Isso não teve escândalo”, continuou.
“Eles estavam usando camisa da organizada. Não tenho nada contra usar bandeirão, tocar tambor. Pô, o cara ficar 24 horas num ônibus para viajar até a Bolívia para ver o Palmeiras jogar é porque o cara ama muito o clube. Mas precisa invadir o espaço da torcida adversária?”, questionou ainda o apresentador.
“Dá pra gostar de futebol sem matar, sem invadir o motel pra bater no Luan. Mas se é isso que o Casagrande e quem tá me atacando acham legal, que o Luan merecia apanhar e a Gabriela morrer, tudo bem. Eu paro de falar de futebol e fico só no videogame”, finalizou Leifert.
Entenda a polêmica
Em uma live na última segunda-feira, 10, Leifert afirmou que a jovem Gabriela Anelli, torcedora que morreu após ser atingida por uma garrafa de vidro, estava junto de torcedores envolvidos no confronto, mas voltou atrás e pediu desculpas nas redes sociais horas depois.
Após os comentários de Leifert, Casagrande não poupou críticas. Em publicação na terça-feira, 11, ele afirmou que o apresentador “arranjou argumentos particulares e nojentos para justificar e favorecer torcedores do Flamengo em relação à morte da jovem palmeirense”.
No texto, o comentarista também comparou Leifert a Eduardo Bolsonaro que, no último domingo, 9, fez um discurso comparando professores a traficantes de drogas, em um evento pró-armas em Brasília. “Duas pessoas que se assemelham na forma de ver o mundo, a sociedade. Elas se assemelham nas ideias, nos contextos do que é violência ou não”.
Por fim, Casagrande criticou o pedido de desculpas publicado por Leifert. Segundo o comentarista, a atitude “não convence ninguém”. “Se não tinha a informação correta, por que deu uma opinião daquela? Não mudo em nada sobre o que escrevi aqui. Ele só gravou o vídeo porque está sendo super criticado no Twitter”, questionou Casagrande, voltando a falar da postura de Leifert. “Para o Tiago, a vida talvez não passe de um Big Brother”.