Viúva e filhos de Chico Mendes perdem processo contra a Globo: minissérie “Amazônia” pode ser reprisada

A Justiça negou nesta terça-feira (1º) o recurso movido pela viúva e filhos do líder seringalista Chico Mendes (1944-1988) contra a Rede Globo. A família pedia indenização por danos morais e parte dos lucros da minissérie “Amazônia: de Galvez a Chico Mendes”, exibida em 2007. A decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) libera a emissora para reprisar a série na TV ou em plataformas de streaming.

A família de Chico Mendes alegava que a emissora abordou a história do líder ambientalista sem autorização e de forma inverídica. A minissérie, que retrata o passado do estado do Acre em três fases, aborda a trajetória de Chico Mendes na terceira fase, junto com outros líderes históricos como Luís Galvez e Plácido de Castro.

A decisão do STJ, por unanimidade, encerra a batalha judicial que se arrastava desde 2007. A Globo, por sua vez, comemorou a decisão e afirmou que a série foi produzida com rigor histórico e respeito à memória de Chico Mendes.

A repercussão da decisão:

A decisão do STJ gerou debate sobre a liberdade artística e o direito à imagem. Alguns argumentam que a Globo tem o direito de retratar figuras públicas em suas produções, enquanto outros defendem a necessidade de autorização e respeito à memória de pessoas falecidas.

A família de Chico Mendes, por sua vez, se manifestou decepcionada com a decisão e afirmou que irá continuar a lutar pela memória e pelo legado do líder ambientalista.

O legado de Chico Mendes:

Chico Mendes foi um líder seringueiro, sindicalista e ambientalista que lutou contra a exploração da floresta amazônica e a violência contra os trabalhadores rurais. Seu assassinato em 1988 chocou o mundo e o tornou símbolo da luta pela preservação da Amazônia.

A decisão do STJ, apesar de permitir a reprise da minissérie, não apaga a importância da luta de Chico Mendes e seu legado para a proteção da floresta amazônica.