ENTRETENIMENTO
Xuxa proibiu outras pessoas de registrarem crianças com nome de Sasha? Entenda a teoria da conspiração popular nos anos 90!
Há exatos 25 anos, mais precisamente no dia 28 de julho de 1998, Xuxa, a mulher mais famosa do Brasil dava à luz a primeira filha, Sasha Meneghel Szafir. Para além da curiosidade natural em torno da herdeira de uma rainha, o nome escolhido para a pequena também chamou muita atenção.
Completamente desconhecido no Brasil até então, Sasha já era um nome muito comum em diversas partes do mundo. Há rumores de que Xuxa teria decidido o nome antes de descobrir o sexo do bebê, por isso, elegeu uma alcunha que serviria para ambos os gêneros.
Na Rússia e na Ucrânia, países onde é muito popular, Sasha é um apelido para Aleksander e Aleksandra, portanto, é considerado um nome neutro. E outros exemplos no mundo das celebridades ajudam a provar que o nome cai bem para ambos os gêneros: Beyoncé escolheu o nome Sasha Fierce para seu alterego no terceiro CD da carreira, enquanto Shakira nomeou o filho mais novo de Sasha.
Ao longo dos 60 anos de vida, Xuxa foi alvo de inúmeras fake news e teorias da conspiração. No final dos anos 1990, a mais famosa era a de que ela teria registrado o nome Sasha de modo que ninguém mais pudesse batizar o filho com o mesmo nome no Brasil. Mas nem mesmo a mulher mais influente do show business do país teria tamanho poder. Qualquer pessoa pode normalmente registrar uma criança com o nome Sasha.
O que Xuxa fez foi registrar o nome “Sasha” como marca no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O registro, feito no nome da empresa Xuxa Promoções e Produções Artísticas Ltda, aconteceu no dia 25 de fevereiro de 1998, exatamente cinco meses antes do nascimento da bebê e dois meses depois do anúncio da gravidez no “Domingão do Faustão”.
Provavelmente, o objetivo da apresentadora era impedir o lançamento de produtos, empresas ou qualquer outra iniciativa que pudesse capitalizar de forma indevida em cima do nome da criança.
Apesar de ser o caso mais famoso no Brasil, Xuxa não foi a única a tomar uma atitude do tipo. Beyoncé venceu uma batalha de 8 anos com a empresa de casamentos Blue Ivy Events para registrar o nome da filha como marca.
Beyoncé tentou registrar comercialmente o nome da filha assim que ela nasceu. Dias depois, a proprietária da firma, que já existia há três anos, também tentou registrar a marca “Blue Ivy”, mesmo sem tê-lo feito durante todo esse tempo. Na época, a empresária tentou impedir que a solicitação da popstar fosse para frente, alegando que seu negócio poderia ser prejudicado. Em 2020, o conselho de marcas registradas dos Estados Unidos autorizou que a artista registrasse a marca “Blue Ivy Carter”.
Não dá para negar que nomes de filhos de famosos sempre ditam tendências, mas, seja pela popularidade da fake news ou por ser um nome bem diferente, Sasha não chegou a emplacar no Brasil. Segundo dados do Censo Demográfico de 2010, existem apenas 799 Sashas e 592 Sachas em terras tupiniquis.
Para efeitos de comparação, Maria Alice, primogênita da influenciadora digital mais seguida do país, Virgínia Fonseca, foi o nome de menina mais registrado em 2022, depois de 5 anos seguidos com Helena (nome de uma das gêmeas de Ivete Sangalo, nascidas justamente há 5 anos) liderando o ranking. Os dados são da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil).