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“A Conmebol vai fazer o que sobre isso?”: Luighi, do Palmeiras, sofre racismo em jogo da Libertadores sub-20

A vitória do Palmeiras por 3 a 0 sobre o Cerro Porteño, no Paraguai, pela Taça Conmebol Libertadores sub-20, foi ofuscada por um ato de racismo sofrido pelo atacante Luighi. Enquanto deixava o campo para ser substituído, um torcedor do time paraguaio fez gestos imitando macaco e outro cuspiu no jogador.
Visivelmente abalado, Luighi se recusou a falar sobre a partida em entrevista e, com a voz embargada, questionou a Conmebol sobre as medidas que serão tomadas: “A Conmebol vai fazer o que sobre isso? O que fizeram comigo foi um crime”.
O Palmeiras, em nota oficial, manifestou apoio ao jogador e prometeu lutar por justiça. “É inadmissível que, mais uma vez, um clube brasileiro tenha de lamentar um ato criminoso de racismo ocorrido em jogos válidos por competições da Conmebol”, afirmou o clube, que se comprometeu a “ir até as últimas instâncias para que todos os envolvidos sejam devidamente punidos”.
A solidariedade ao jogador se estendeu além do Palmeiras. Jogadores do time profissional, como Weverton e Marcos Rocha, manifestaram apoio nas redes sociais. Times rivais, como Corinthians e São Paulo, também se solidarizaram com Luighi.
A Conmebol, em nota, repudiou o ato de racismo e afirmou que tomará medidas disciplinares apropriadas.
O caso de Luighi serve como um triste lembrete da persistência do racismo no futebol e na sociedade como um todo. É fundamental que a Conmebol, os clubes e as autoridades tomem medidas eficazes para punir os responsáveis e criar um ambiente de respeito e igualdade no esporte.
