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Acreanos embarcam rumo a Paris para os Jogos Paralímpicos: Esperança de medalhas para o Brasil
O Acre se prepara para vibrar com a participação de três atletas paralímpicos nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Débora Oliveira de Lima e Edson Cavalcante embarcaram nesta sexta-feira (16) para a capital francesa, enquanto Jerusa Geber, também convocada, viaja no dia 25. A delegação brasileira, a maior já enviada para uma edição de Jogos disputada no exterior, conta com 276 competidores, e o Acre está fortemente representado.
Débora, atleta da classe T20 (deficiência intelectual), chega em Paris com o brilho da medalha de prata conquistada no salto em distância T20 no Mundial de Atletismo Paralímpico em Kobe, Japão, em 2023. Seu salto de 5,54 metros a colocou no pódio, e antes disso, ela já havia alcançado o ouro no Grand Prix da Itália, em Jesolo, com um salto recorde de 5,85 metros.
“Estamos em fase final de preparação, trabalhando nos detalhes do salto. Chegando em Paris, faremos uma aclimatação em uma cidade ainda não definida antes de ir para a Vila Paralímpica”, explicou Débora, que busca melhorar sua marca pessoal e conquistar uma medalha nos Jogos.
Edson Cavalcante, com 45 anos, é outra promessa de medalha para o Brasil. O atleta do Instituto Athlon, de São José dos Campos (SP), já possui uma medalha paralímpica: o bronze nos 100m dos Jogos Paralímpicos do Rio 2016. Nascido no seringal, Edson superou a paralisia cerebral, causada por falta de oxigênio ao nascer, e se tornou um dos principais nomes do atletismo brasileiro.
Seu currículo é extenso e repleto de conquistas: ouro nos 100m nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019, bronze nos 100m no Mundial Londres 2017, ouro nos 100m e bronze nos 200m nos Jogos Parapan-Americanos Toronto 2015, entre outras.
Jerusa Geber, atual recordista mundial dos 100m pela classe T11 com o tempo de 11s83, é uma das grandes esperanças de medalha do Brasil. A velocista, que já conquistou prata e bronze em edições paralímpicas anteriores, busca seu primeiro ouro em Paris. Ela viaja para a capital francesa no dia 25, em fase final de preparação.
Jerusa, nascida em Rio Branco, ficou completamente cega aos 18 anos, mas se tornou um símbolo de superação no atletismo. Em 2019, ela fez história ao se tornar a primeira mulher cega a correr os 100 metros rasos abaixo dos 12 segundos. Apesar de ainda não ter conquistado o ouro em Jogos Paralímpicos, Jerusa possui cinco títulos em mundiais e quatro ouros em edições do ParaPan.
O Acre se orgulha de ter três representantes na maior delegação brasileira já enviada para os Jogos Paralímpicos. A torcida acreana e brasileira espera que os atletas tragam para casa o brilho das medalhas e inspirem outras pessoas a superarem seus limites.