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Acusado de escravidão, goleiro veterano da Costa Rica não encara o Brasil pela Copa América

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O goleiro mais bem-sucedido da história da seleção da Costa Rica não enfrentará o Brasil na estreia da equipe pela Copa América de 2024, nesta segunda-feira, 24, às 22h. Com três Copas do Mundo no currículo, Keylor Navas enfrenta um momento turbulento em sua vida fora dos gramados e, recentemente, anunciou sua aposentadoria do time costarriquenho principal.

A carreira de Navas decolou após sua participação na Copa do Mundo do Brasil, em 2014, quando ajudou a classificar sua seleção em primeiro lugar na fase de grupos e apenas um gol sofrido. Na ocasião, foram três prêmios de melhor jogador da partida e uma indicação à Luva de Ouro da Fifa.

O sucesso no Mundial fez com que Navas fosse contratado pelo Real Madrid, da Espanha, clube pelo qual conquistou três títulos da Liga dos Campeões. Também teve passagens por Nottingham Forest, da Inglaterra, e Paris Saint-German, clube do qual se despediu ao fim da temporada.

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No entanto, o arqueiro surpreendeu o mundo da bola ao anunciar, em suas redes sociais, a aposentadoria da seleção da Costa Rica. Navas chegou a integrar o ciclo para a Copa do Mundo de 2026 e faria sua estreia em uma Copa América nesta segunda-feira. Em seu lugar, La Tricolor contará com Patrick Sequeira do Ibiza, clube da terceira divisão espanhola.

O anúncio veio no fim de maio passado, por meio de um vídeo publicado nas redes sociais do goleiro. “Este capítulo da minha vida está chegado ao fim”, disse Navas em parte do comunicado. Pela camisa da Costa Rica, foram 114 partidas disputadas pelo goleiro.

A despedida coincide com o momento ruim vivido pelo goleiro na carreira. Com a chegada do italiano Donnaruma ao clube parisiense, Navas perdeu espaço e foi emprestado ao Nottingham Forest por um temporada. O costarriquenho, então, retornou ao PSG e, também em maio, anunciou que não renovaria com o clube. Ele é sondado por times dos Estados Unidos e Arábia Saudita, mas está desempregado.

Acusado de escravidão

No começo de junho, a imprensa francesa divulgou que o goleiro é investigado por manter, por 20 meses, um homem em trabalho análogo à escravidão. O funcionário alegou à Procuradoria de Versalhes de que trabalhava por 90 horas semanais na casa de Navas, onde vivia em um quarto no sótão, úmido e sem janelas.

O caso foi divulgado pela emissora BFM TV. Segundo o denunciante, Navas chegou a prometer registrá-lo profissionalmente, mas nunca o fez. O acordo entre o goleiro e o funcionário era verbal, sem qualquer tipo de registro ou pagamento de impostos. O salário era entregue em dinheiro vivo.

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Ainda segundo a defensora do funcionário, Navas o obrigava a andar armado pela propriedade. Em suas redes sociais, o goleiro chamou as acusações de falsas: “Após uma notícia publicada por um veículo francês nos últimos dias, na qual foram proferidas acusações falsas, infundadas e muito graves que afetam a mim e minha família, decidi colocar o assunto nas mãos de meus advogados para quem sejam tomadas as devidas providências legais”.

 

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