Pesquisar
Close this search box.
RIO BRANCO
Pesquisar
Close this search box.

ESPORTES

Agiota pediu ajuda de Netinho de Paula para inspeção em presídio com chefões do PCC

Publicado em

Netinho de Paula Foto: Reprodução/Instagram

O cantor e ex-vereador Netinho de Paula é citado na denúncia oferecida pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) contra empresários acusados de lavar dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele não é alvo da operação, mas investigadores obtiveram conversas que mostram contato de Netinho com um dos denunciados, que pediu ajuda do artista para inspecionar um presídio.

Segundo o Blog do Fausto Macedo, do jornal do Estado de S. Paulo, o MP registrou conversas entre Netinho e o empresário Ademir Pereira de Andrade, apontado como agiota, operador financeiro da facção criminosa e “laranja” em trâmite de imóveis de luxo comprados para lavar dinheiro do tráfico de drogas.

Em uma das conversas, transcritas na denúncia como prova de que o empresário cometeu “prática criminosa de empréstimo a juros”, Netinho de Paula o chama de “Banco da Gente”. Netinho, em entrevista ao SBT, confirmou ter feito empréstimos com Andrade, mas negou saber da ligação dele com o PCC.

Continua depois da publicidade

Além disso, em outro diálogo, Ademir pede ajuda de Netinho de Paula para inspecionar a Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Na época, lá estavam presos os integrantes do PCC Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, e Décio Gouveia Luiz, o Décio Português.

Netinho perguntou se havia denúncias de maus tratos a presos, propondo que deputados precisariam de uma denúncia para fazerem uma visita à penitenciária. Ele compartilhou com Andrade um ofício da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracrim) à Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados onde foi solicitada uma visita técnica no local para “apuração de violações de direitos humanos”. “Dá uma lidinha com calma. Não é os deputados que precisam ir, é o pessoal do Ministério dos Direitos Humanos”, escreveu o cantor, na ocasião.

Para o Ministério Público, as conversas “mostram o alcance que a organização criminosa possui, movimentando as mais variadas esferas do Estado em favor de seus integrantes”. Os promotores afirmam que o empresário “no contexto da organização criminosa, tentou articular, por meio dos contatos políticos” com Netinho de Paula, uma “ofensiva em relação à penitenciária”.

A reportagem acionou o Ministério Público de São Paulo em busca de mais informações sobre o caso, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. O Terra também tenta contato com Netinho de Paula e o espaço será atualizado em caso de resposta.

 

Propaganda
Advertisement
plugins premium WordPress