O piloto holandês afirmou que questões como estas devem ser resolvidas com uma mudança na educação das pessoas.
“Em geral, em todo o mundo, não é apenas na Fórmula 1, acho que não é correto usar essas palavras, mas isso já começa com a educação. Hoje em dia desde cedo: em casa, na escola, você precisa ser ensinado que esse tipo de coisa não pode ser dita, ou usada em geral, e é nisso que estamos trabalhando. É claro que a F1, junto com Lewis, eles estão trabalhando nisso para o futuro e todos os pilotos estão por trás disso. Estamos todos apoiando isso”, apontou o piloto holandês.
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“Eu tenho sido alvo de racismo e crítica e negatividade e narrativas arcaicas por muito, muito tempo e tons de discriminação. Então, não há nada particularmente novo para mim. Eu acho que é mais sobre o quadro maior… não é apenas sobre um indivíduo, não é apenas sobre um uso desse termo – é o quadro maior”, destacou o britãnico.
Nessa quarta (29/6), Piquet pediu desculpas pela fala através de uma nota, mas culpou uma suposta má tradução dos termos utilizados durante a entrevista para o jornalista Ricardo Oliveira.
“O que eu disse foi mal pensado, e não há defesa para isso. Mas gostaria de esclarecer que o termo usado é historicamente usado de forma coloquial no português brasileiro como um sinônimo de rapaz ou pessoa, mas sem a intenção de ofender. Eu nunca usaria a palavra da qual tenho sido acusado em algumas traduções. Condeno toda e qualquer sugestão de que a palavra que usei tenha sido direcionada de forma depreciativa ao piloto por causa da cor de pele dele”, declarou o brasileiro.
O GP de Silverstone, na Inglaterra, está marcado para este domingo (3/7)) às 11h.
Outros pilotos presentes como Sebastian Vettel e Fernando Alonso fizeram coro em apoio a Hamilton, repudiando as falas de Piquet que vieram à tona essa semana.
A entrevista precede o início da disputa de Silverstone, tema da pergunta que originou a fala de Nelson Piquet, ao comentar o acidente envolvendo Verstappen e Lewis, que viralizou nesta semana. Não só o britânico, mas outros pilotos que competem na F1, equipes, os organizadores da modalidade e a Federação Internacional de Automobilismo defenderam o piloto da Mercedes.
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A polêmica não foi abordada apenas pelo atual líder da disputa. O próprio Lewis Hamilton, questionado, agradeceu ao apoio que recebeu durante a semana com a repercussão do caso. Ele lembrou que os protestos antirracistas que são feitos antes das provas iniciaram há dois anos, e mesmo assim, segue enfrentando desafios.