A decisão é do presidente interino da entidade, Ednaldo Rodrigues. Ele substitui Rogério Caboclo, afastado do comando da entidade por 21 meses por assédio sexual e assédio moral a uma funcionária da entidade. Caboclo nega as acusações.
Na última rodada do Brasileiro, dirigentes de Atlético-MG e Flamengo reclamaram das falhas dos árbitros mesmo com a ajuda do VAR. Na semana passada, o presidente do Galo, Sérgio Coelho, pediu a divulgação dos áudios.
A intenção da CBF é dar aos torcedores e dirigentes mais transparência nas decisões do VAR.
A CBF segue o exemplo da Conmebol, que desde 2019 divulga os diálogos do VAR nas partidas válidas por Libertadores, Sul-Americana e Eliminatórias. A entidade libera os áudios nos dias seguintes aos jogos.
O VAR começou a ser usado em competições nacionais em 2018. Desde então, a CBF se recusava a divulgar os diálogos entre os árbitros durante os jogos. A entidade abria exceções e mostrava aos dirigentes dos clubes em ambiente privado as conversas dos juízes nos lances polêmicos.
A CBF argumentava que seguia determinação da Fifa. Em fevereiro de 2020, a International Football Association Board (IFAB) proibiu a divulgação de conversas entre árbitros, assistentes e operadores do VAR durante as partidas.
No documento emitido pela entidade que regula as regras do jogo, quem divulgar os diálogos estará agindo “em descumprimento com o protocolo do VAR como definido nas Regras do Jogo”. Antes dessa determinação, a Fifa já divulgou áudios do VAR.
Um dos pedidos atendidos foi da própria CBF, que reclamou do gol sofrido pela Seleção na estreia na Copa do Mundo de 2018, contra a Suíça. No lance, Miranda se chocou com um adversário e pediu falta. No vídeo divulgado pela Fifa após o encerramento da primeira fase, os membros da equipe de VAR dizem que “há um contato muito, muito leve”, e depois que “não é falta” de Züber em Miranda.