ESPORTES
F1: Hamilton chama de “ridícula” sua desqualificação no GP dos EUA e questiona regras da FIA

Lewis Hamilton, o sete vezes campeão mundial de F1, expressou sua insatisfação com a desqualificação dele e de Charles Leclerc no Grande Prêmio dos Estados Unidos. Segundo Hamilton, a decisão foi “ridícula”, questionando as políticas de inspeção da FIA e o impacto que tais regras têm sobre o esporte.
A desqualificação aconteceu horas depois do término da corrida, quando foi descoberto que os assoalhos dos carros de Hamilton e Leclerc estavam desgastados além dos limites tolerados pela FIA. “Isso realmente mancha o esporte. Temos que fazer algo”, disse Hamilton em uma entrevista à Sky F1.
Hamilton foi ainda mais longe, desafiando a lógica por trás dos testes de tolerância da FIA. Apenas quatro carros foram verificados, um de cada uma das quatro melhores equipes. O piloto da Mercedes argumenta que se mais carros tivessem sido testados, um número significativamente maior teria falhado nos testes. “Eles testaram apenas alguns carros e 50% deles foram desqualificados. Havia muito mais carros de pilotos que estavam ilegais”, ressaltou.
O britânico também questionou o entendimento da FIA sobre o impacto real do desgaste do assoalho no desempenho do carro. Segundo Hamilton, o assoalho não é um fator de desempenho. “Algumas pessoas realmente não têm um verdadeiro entendimento do efeito que o desgaste estava tendo”, disse ele. “O skid não é um elemento de desempenho. Claro, se você tem uma superfície plana, todo mundo vai querer que o carro seja o mais baixo possível. Mas, na prática, alguns carros lidam melhor com os solavancos do que outros.”
Elaborando sobre o tema, Hamilton apontou que as diferenças mínimas na altura de passeio não têm impacto significativo no desempenho. “Um milímetro não era um fator de desempenho, se fizéssemos o que fizemos, não seria como se o assoalho estivesse nos dando downforce extra ou algo assim”, explicou.
A desqualificação é mais um episódio que traz à tona a necessidade de revisão das regras e políticas de inspeção na F1, especialmente quando elas têm o poder de alterar os resultados da corrida de forma tão drástica. Com a temporada avançando, fica a questão de como a FIA e as equipes vão abordar essas preocupações crescentes para garantir que o foco permaneça na habilidade e estratégia, e não em questões técnicas e burocráticas.
