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Jogadoras do Botafogo estavam em carro que atropelou noivo no RJ e responderão por omissão de socorro
Três meses após o fisioterapeuta Fábio Toshiro Kikuta ser atropelado e morto no dia do seu casamento, as cinco mulheres que estavam com o influenciador Vitor Vieira Belarmino no momento do ocorrido responderão por omissão de socorro. Todas são jogadoras do time sub-20 do Botafogo e estão em liberdade. Já o condutor da BMW teve a prisão decretada ainda em julho, quando o caso aconteceu, mas está foragido desde então.
Segundo informações do jornal O Globo, as atletas têm entre 18 e 20 anos e foram identificadas como Amanda Camargo e Silva, Mirelly da Silva Campos, Julia Teixeira de Sousa, Débora Letícia da Silva Paz (Débora Bebê) e Karolayne Melo Fernandes Ferreira (Karolzinha). Todas foram citadas na decisão da juíza Alessandra da Rocha Lima Roidis, emitida no fim de setembro.
No dia 13 de julho, as jogadoras curtiam uma festa de aniversário quando decidiram deixar o local acompanhadas de Vitor Belarmino.
Pouco depois, o influenciador, que estava dirigindo uma BMW conversível em alta velocidade, atingiu Fábio Toshiro em uma avenida no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste da capital fluminense. A vítima tinha se casado horas antes do ocorrido e a noiva, Bruna, estava com ele no momento do atropelamento.
O inquérito foi finalizado apenas dois meses depois, em setembro. Na ocasião, a Polícia Civil do Rio indiciou Belarmino por homicídio doloso (quando há a intenção de matar), fuga do local do acidente e omissão de socorro. O processo segue tramitando na Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio.
Já as jogadoras do Botafogo podem ser enquadradas por omissão de socorro. Segundo o artigo 135 do parágrafo único do Código Penal, é crime “deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública”.
No Código Penal, a pena prevista para omissão de socorro é de um a seis meses de detenção ou multa. “A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta em morte”, determina.
Enquanto aguardam audiência, as atletas continuam participando normalmente de treinos e jogos do clube carioca. O Terra entrou em contato com o Botafogo de Futebol e Regatas, mas ainda não teve retorno.