Desde a Liga das Nações (VNL) de 2021, a Seleção Brasileira de vôlei feminino vem demostrando que tem um time para brigar pelo ouro. Chegando nas finais de todos os campeonatos internacionais desde o ano passado, o Brasil, entretanto, só ficou no lugar mais alto do pódio no Campeonato Sul-Americano.
A evolução da equipe, que cresceu depois da renovação feita pelo técnico José Roberto Guimarães, é nítida. Zé Roberto soube administrar bem as despedidas de grandes atletas e a chegada de nomes que, apesar de ainda serem pouco conhecidos no cenário internacional, já chamam a atenção do público.
Mesmo assim, as mudanças serviam como justificativa para as pratas consecutivas. Não que um 2º lugar seja desmerecedor, muito pelo contrário: as meninas do Brasil alcançaram resultados que muitos não esperavam e fizeram por merecer cada medalha conquistada até aqui.
Entretanto, a postura em quadra nas finais parecia se repetir. Foi o que aconteceu na VNL de 2021 e 2022 e nas Olimpíadas de Tóquio. Um time que crescia em sua trajetória nos campeonatos aparentava estar perdido dentro de quadra quando chegava a uma final. E, apesar de saber da necessidade de uma postura de vencedor, a virada de chave só acontecia quando já era tarde demais.
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Para o Campeonato Mundial, a forma como a equipe entraria em quadra ainda era uma incógnita. Obviamente, com o elenco montado, esperava-se bons resultados. Mas as seleções favoritas ainda se mostravam como pedras no sapato do Brasil. Itália, Estados Unidos, Sérvia, China e Japão apresentavam ameaças e deixavam o torcedor sem saber o que esperar.
A partida contra o Japão, que foi primeira e única derrota das brasileiras até o momento, apresentou uma equipe novamente perdida e desorganizada dentro de quadra. Zé Roberto tentou fazer substituições, pedir tempos, gritar, mas nada mudava o jogo.
Em seguida, o time ressurgiu contra a China. Rival que eliminou a Seleção nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, o Brasil encerrou com a invencibilidade das asiáticas e mostrou que estava recuperada da derrota anterior. Fim da primeira fase e uma esperança foi instalada na torcida.
A segunda fase, entretanto, começou de maneira difícil. A primeira adversária foi a grande favorita para o título mundial, a Itália. E o jogo se tornou o melhor da campanha do Brasil até o momento. Guiadas pela capitã Gabi Guimarães, a Seleção levou uma virada e se recuperou a tempo de vencer a partida de maneira brilhante.
A vitória, combinada à derrota das americanas para a Polônia, deu a liderança do ranking mundial para as brasileiras, que firmam seu lugar no hall das favoritas deste campeonato.
Agora, enfrentando Porto Rico nesta quinta-feira (6/10), Zé Roberto deve dar a oportunidade para as reservas e descansar as titulares ao longo da partida. Parece que o Brasil finalmente retomou a postura necessária para os duelos decisivos e se mostra pronto para conquistar o título inédito de campeão mundial. Segurando as altas expectativas, a equipe brasileira promete chegar longe no campeonato.
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