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Patrocínio rival, conflito de interesses e vandalismo: veja tudo que presidente do Palmeiras disse em coletiva
Além da chegada de futuros reforços, críticas aos torcedores organizados e o futuro de Abel Ferreira e Anderson Barros, Leila Pereira tocou em diversos outros assuntos relevantes em entrevista coletiva concedida na Academia de Futebol.
Na quente tarde da última quarta-feira, 11, o Palmeiras selecionou jornalistas para questionamentos à mandatária do clube.
O Verdão vive contexto de crise após a falta de contratações na última janela de transferências e a eliminação na Libertadores para o Boca Juniors.
Nos últimos dias, depois dos muros da sede social do Palmeiras amanhecerem pichados, a ‘vítima’ da vez foi a Crefisa. Diversas lojas da principal patrocinadora do clube viraram alvo de protestos de torcedores do Verdão. “Leila mentirosa” e “Fora Barros”, mais uma vez, foram os dizeres da manifestação.
Confira todas as respostas de Leila Pereira na entrevista coletiva:
Falta de contratações
“Realmente, é importante nós retroagirmos ao meu primeiro ano de mandato. Nós contratamos cerca de 10 atletas. Acho que vocês já sabem como é o processo de contratação, mas é bom repetir. A presidente nunca contrata isoladamente, decidimos em conjunto, sempre. A presidente, a comissão liderada pelo Abel, e nosso diretor de futebol. Sem anuência desses três, ninguém entra e ninguém sai. Todos os anos, temos planejamento. Abel se posiciona dizendo quais as necessidades, o que precisa, e essas solicitações vão para analise. Analistas fazem o levantamento no mundo todo, de atletas com o perfil pedido pelo treinador. Levando em conta sempre algumas premissas, com relação a idade, quanto que o Palmeiras pode investir, levantamento e apresentamos para os três. Comissão e diretor decidem. Foi isso que foi feito ano passado e nesse ano. Ano passado, contratamos 10 jogadores. Alguns deles não se adaptaram, tivemos que emprestar. E vocês sabem que contratação é investimento alto. Quando você contrata, você não tem certeza que vai performar. É muito subjetivo. Alguns atletas não se adaptaram aqui, tivemos que emprestá-los. 2023, tivemos um pouco mais de cuidado. Como já tivemos esse problema em 2022, tivemos que impor responsabilidade financeira. Não vou, já falei diversas vezes, sobrecarregar o Palmeiras financeiramente para dar satisfação a jornalistas, a alguns torcedores. Sei que querem contratação, mas quem paga é o clube. Não posso sobrecarregar o clube acima do que é possível pagar. Não vou fazer isso, penso o Palmeiras a longo prazo, não para o próximo campeonato. Quero Palmeiras protagonista sempre, não ganhar e estar quebrado ou na segunda divisão, como foi em 2012. Essa responsabilidade que nós temos. Tivemos contato com vários atletas. Tive dificuldade grande, presidente que está diariamente aqui, dificuldade de trazer atletas para o Brasil. Os meus atletas querem sair. Dificuldade grande que dirigente tem. Não vou contratar atleta aposentado em atividade. Se não é atleta que vai suprir as necessidades do nosso treinador, prefiro não trazer. Melhor dar oportunidade para a base, a melhor disparada do Brasil. Prefiro sempre dar prioridade a renovação de atletas tantas vezes campeões. Torcedor tem que perceber: todas renovações feitas, propostas várias para jogadores saírem, e consegui que ficassem. Como? Melhorando financeiramente a condição desses atletas. Isso que o torcedor tem que se atentar. Se não veio jogador que não queriam, ao menos Palmeiras não perdeu atleta. Prioridade é sempre manter atletas, que estão sempre conosco, tem profunda ligação, comprovaram capacidade de vencer títulos. Grande parte dos nossos torcedores, quase totalidade, compreendem esse posicionamento. Óbvio que ficamos chateados quando somos desclassificados, mas é impossível um clube ganhar todos os anos. Isso não vai acontecer; Sou presidente há quase dois anos, ganhamos cinco títulos. Não sei se outro presidente ganhou tanto em curto tempo. (Maurício) Galiotte venceu quatro títulos, sendo duas Libertadores. Trajetória espetacular do Palmeiras ultimamente, entendo chateação do torcedor, também fico chateada. Quando ganha, nunca é a presidente. Quando perde, vem para cima de mim. Não tem problema, acho normal a pressão, clube grande como o nosso. O que não entendo são determinadas atitudes de torcedores organizados. Tentamos a contratação de alguns sim, Artur e (Richard) Ríos chegaram. Meio do ano, tentamos. Atletas escolhidos pela comissão não quiseram vir jogar no Brasil. É difícil jogador em atividade no exterior, bem, querer vir para cá. Insegurança do país, dos clubes, causam verdadeira repulsa. O próprio falou isso, tivemos que liberar alguns jogadores por causa disso. Temos dificuldade sim. Pessoalmente, entro nas negociações quando as coisas não andam na rapidez que espero. Eu mesmo falo com atleta e empresário. Essa é a realidade. Podemos cobrar por varias razões. Pressão tudo bem, mas ameaça é crime. Clube não tem poder de polícia. Isso que acontece aqui, repercute no exterior. Nossa gestão é transparente, não tenho porque mentir ou esconder. Não quero trazer jogador que não deu certo na Europa e quer se aposentar aqui. Palmeiras não é lugar de aposentado. Contratação é investimento alto, então quero contratar jogadores que vão resolver. Contratamos algumas apostas que nós entendemos que viriam para resolver. Mas demora um pouco o atleta a performar. Precisamos de paciência. Vamos continuar nessa trilha, nessa luta. Planejamento é feito dentro da Academia de Futebol. Em momento algum faremos negócio por pressão de torcida organizada, pode ficar extremamente claro, claríssimo. Fazemos o que é melhor para o Palmeiras e decidimos aqui dentro da Academia de Futebol. Respeito profundamente os 22 milhões de torcedores que não são da vitória, são do Palmeiras. Esse planejamento que temos desenvolvido durante todo esse tempo, haja visto que hoje somos modelo de administração. Academia de Futebol… vários clubes do mundo vem conhecer, revelações na base… isso enche o orgulho a grande maioria dos torcedores do Palmeiras e vamos continuar nessa linha. Pressão externa não muda uma vírgula do que nós pensamos para o nosso Palmeiras.”
Vandalismo ameaça patrocínio da Crefisa?
“É inadmissível. Pressão é normal, mas atos de vandalismo não são. Contra um parceiro, contra quem quer que seja… um parceiro que está há nove anos no Palmeiras, só colaborando com o clube. Crefisa chegou em 2015, Palmeiras quase caiu em 2014 e ficou, mas não por méritos. Vocês (jornalistas) sabem disso e o torcedor também. Ninguém nos procurou do Palmeiras, nós que viemos aqui oferecer patrocínio. Sem esse aporte financeiro que fizemos durante todos esses anos… Crefisa/FAM já colocou R$ 1,2 bi no clube. Por quê? Porque eu tinha certeza que, com aporte financeiro, poderíamos reerguer o Palmeiras. Futebol se faz com investimento, sem dinheiro você não faz nada. Não é tocando bumbo na porta da Academia (de Futebol) que vou renovar com os jogadores. Não é tocando tambor e ameaçando atletas que vou contratar novos jogadores. É com investimento, trabalho claro e profissional. Esses atos de vandalismo contra 40 lojas de uma patrocinadora que só colaborou com o Palmeiras, em momentos dificílimos, inclusive na pandemia. A maioria dos patrocinadores cortaram investimentos, suspenderam patrocínios. Em nenhum momento, nós suspendemos pagamentos para o Palmeiras, por isso conseguimos manter os empregos dos colaboradores. Ninguém foi demitido na época da pandemia, Crefisa continua honrando religiosamente os pagamentos. Torcedor organizado não pensa no Palmeiras, torce pela entidade deles. Se torcesse pelo Palmeiras, não atacariam um patrocinador que está aqui só para ajudar. Se gostassem, não vandalizariam muros do clube. Vandalizam aquilo que amam? Conversa fiada, dogmas do futebol que precisam ser discutidos e rechaçados. Crefisa vai processar a torcida organizada que vandalizou as lojas, cível e criminalmente.”
Abertura de concorrência
“Temos contrato de patrocínio até dezembro de 2024 e vamos honrar religiosamente, como sempre, até o final. Vou ser candidata a reeleição, se o associado continuar confiando no meu trabalho e eu for reeleita, terei todo o prazer de continuar patrocinando. Mas colocaremos espaços, faremos concorrência. Se vier alguém pagando acima do valor que vou propor a pagar, essa empresa, desde que seja idônea, patrocina. Não pode ser uma ‘Black Star’ da vida. Ano que vem, na minha campanha, vai aparecer uma ‘Green Star’ (risos).”
Planejamento para 2024
“Já temos planejamento para o ano que vem. Abel já se posicionou, já está no departamento de análise a contratação de três a quatro atletas. Está no planejamento. Se dentro do planejamento, analistas apresentarem para o clube atletas que não queiram vir para o Brasil e não tivermos outras opções, vamos trabalhar com o que temos. Vamos focar para que o Palmeiras esteja sempre mais forte. Contratações são importantes, mas tenho certeza que se eu tivesse contratados todos os atletas que pedem… futebol não é matemático. Clubes com banco espetacular e que não ganham nada estão aí. A crítica seria: não contratou de maneira correta. Estou aqui para receber questionamentos e responder, mas o que não admito é ameaça a atletas, à presidente. Entra na cabeça de alguém ameaçar por falta de um gol, por uma contratação? Isso é surreal, desvaloriza o grande produto que é o futebol brasileiro. Isso não pode acontecer, não é norma. Se não atacar esse problema, esse foco, não adianta vir SAF, liga, que o futebol brasileiro sempre vai ficar desse jeito que está. Isso que tem que se combater. Violência e insegurança absurdas, que dirigentes e atletas vivenciam. Não estou tirando minha responsabilidade, sou responsável por tudo o que acontece. Decisão final sempre é minha, mas não decido tudo. Temos problema grave de violência, que autoridades olham com falta de atenção. Tipo de gente que se sente dono do Palmeiras. Nunca me achei dona do Palmeiras. O dia que acabar o mandato, pego minha bolsa e saio. Palmeiras é de seus milhões de torcedores, mas a diferença é que estou aqui para ajudar, nos bons momentos e nos ruins. Importante dizer, torcedor, quando reclamo, é de organizada. Não dos milhões que encontro diariamente, que tem profundo orgulho do nosso trabalho. Me cobram, claro, mas de uma forma normal, não ameaçando. Não vou tomar atitude pelo medo, máximo é fazer um B.O e andar com segurança. É absurdo. Espero que as autoridades públicas tomem medidas drásticas contra esses baderneiros.”
Conflito de interesses (compra de avião e Arena Barueri)
“O avião é meu, não usei recursos do Palmeiras. Dinheiro é meu. Ando com avião particular, ando em um menor, executivo. Nossos atletas viajavam em avião fretado, e fretado é caríssimo. Além disso, fica à disposição da companhia aérea, não nos horários que queremos. Isso me incomodava muito, presidente viajar a hora que quer e os atletas ‘presos’ na malha aérea. Decidi comprar avião com meu dinheiro. Muitas pessoas fazem piada, mas o avião é meu, para que os atletas pudessem viajar quando quiserem. Os atletas viajam e o Palmeiras não paga nada. Só em economia de viagens, R$ 3 milhões. Pago todas as despesas. Me explica qual o conflito de interesse? Isso é muito genérico. Estou usando a marca Palmeiras para divulgar outras marcas? Se eu oferecer avião gratuitamente para qualquer clube brasileiro, esse avião não é do Palmeiras, é meu. Eu poderia emprestar, mas o torcedor que não é do Palmeiras, algumas pessoas que querem destruir nossa gestão, ficam com essas questões ridículas. Quem não gostaria de ter uma presidente que compra avião e paga todas as despesas para o clube viajar? Vou mais adiante: esse avião que nós compramos para o Palmeiras usar, quando estiver parado, posso fretá-lo. Se ninguém fretar esse avião, não muda nada na minha vida. Não sou prepotente, sou realista e objetiva. Em 2015, quando comecei a patrocinar o Palmeiras, tinha certeza que, com investimento, sairia da letargia. Hoje, as pessoas ficam estressadas porque, de quatro Libertadores, vencemos duas e em outras duas ficamos nas semis. Pessoas que querem destruir nossa gestão. Mas não vou permitir, em hipótese alguma. Estou aqui para colaborar sempre com nosso clube. Onde há conflito de interesse onde só eu pago? Não tenho o que falar dessa parceria, é muito significativa para o Palmeiras. Tratamos o Palmeiras de forma profissional, esse é o caminho. O dia que eu sair, se entrar outro presidente, que não siga esse que criticam de forma irresponsável nossa gestão, que prioriza sempre o que é correto e transparente. Querem o caos para que volte o que era antes. Tem que tomar muito cuidado com essas pessoas que querem destruir um trabalho que a cada ano é aprimorado. Sucedi ao presidente Maurício Galiotte, que costumam dizer que não fez nada, que eu estava nadando de braçada no trabalho dele. Conquistou títulos importantíssimos, contratou profissionais gabaritados e competentes, e entra uma presidente que precisa dar continuidade. Um dos grandes méritos da gestão é dar continuidade ao trabalho do Maurício. Tenho muito orgulho disso e tenho certeza que ele também.”
Dívidas
“Sobre WTorre, infelizmente não posso dar muito detalhes. O que posso dizer sobre é que até hoje não se resolveu. Até hoje, não pagam nada para o Palmeiras. Até agora, nada foi pago. Samsung, realmente houve esse problema. Problema de gestões anteriores que estouram agora. Isso me dói. Samsung beira os 50 milhões (de dívida). Perdemos em primeira e segunda instância. Contrato foi rescindido antes do tempo. Estamos tentando um acordo. Oferecimento de publicidade, como podemos fazer. Maurício (Galiotte) sofreu com o caso do Wesley, teve que pagar pendências de gestões anteriores, algo que acontece comigo também. Estamos recorrendo e vamos tentar diminuir esse prejuízo. Até hoje, não chegou nada (potencial novo patrocinador). Estou sempre aberta, mas o que desejo é que finalizemos esse contrato até dezembro de 2024, e só lá, abrir para novas empresas que queriam patrocinar.”
Abel fica?
“Não tenho dúvida que o Abel tem contrato até dezembro de 2024 e já conversei com ele sim. Desejo grande de que, se eu for reeleita, ele fique comigo até o final do segundo mandato. Ele não fala nem que sim nem que não. Ele está muito feliz no Palmeiras, não tenho dúvida que fica chateado que as pessoas, jornalistas têm memória curta. É o maior treinador da nossa história, mas não tem obrigação nenhuma de vencer todos os campeonatos. Quando ganha é o máximo e quando perde é um lixo? Que isso, não tem meio-termo? Ele fica chateado com todos esses problemas de violência, tenho certeza que fica preocupado com isso. Se isso chega na presidente, claro que ele tem receio também que chegue nele. São coisas insanas, orquestradas, não é possível. Querem destruir nossa gestão, e como? Futebol indo mal, nada funciona direito. Nosso grande negócio é o futebol. Se o futebol vai bem, está tudo ótimo. Se dá uma turbulência, acontece esse tipo de crítica e ameaça, completamente insanas. Se pensarem bem, refletir, é a coisa mais natural do mundo você não ser campeão de algo. No Brasileirão, são 20 equipes — só uma vai ser campeã. Se você não for, ameaças? O que é isso? Futebol é entretenimento. Vocês, como formadores de opinião, por favor, ajudem nisso. Tinha que contratar? Sim, claro. Mas não vou contratar alguém que não venha para resolver. Erramos, acertamos, mas estamos sempre tentando acertar. Às vezes, futebol não vai da maneira que a gente imagina, mas não é por isso que tem que mandar todo mundo embora. Essas pessoas que querem isso, querem o Palmeiras de 2014 de volta. Só assim, no caso, que saem os fantasmas. Não podemos deixar. Palmeiras já chegou a um nível de excelência que temos que coibir esse tipo de gente. Pensam como futebol do passado, que não serve nem cabe mais. Relutam ainda em descolar dessa imagem. Pela agressividade, pelo medo vamos impor? Não. Enquanto eu for presidente, vou fazer o que é melhor para o Palmeiras. Somos preparados. Essas pessoas que gritam na porta, que preparo que têm para administrar um clube da grandeza do Palmeiras? O que construíram na vida além de confusão, dor e morte? Não pode dar ouvidos. Temos que ouvir pessoas do bem, que querem o melhor do futebol para valorizar o trabalho de cada um. Isso que peço para as autoridades, para o presidente da CBF. Temos que bater forte contra essas pessoas que estão com mentalidade de que, pela força, vão administrar um clube. Nós, dentro do Palmeiras, somos extremamente preparados. Essas torcidas nunca construíram nada, são caso de polícia. Essa gente é o grande câncer do futebol brasileiro.”
Avaliação do trabalho de Anderson Barros
“Injustiça muito grande as críticas desse torcedor organizado ao Anderson. Ele chegou em dezembro de 2019. Em toda sua trajetória, conquistou ‘somente’ nove títulos. Nove, sendo que duas Libertadores. Anderson Barros é responsável direto pela contratação do Abel. Não tenho dúvida que o Anderson é um profissional que qualquer clube de futebol gostaria de ter em seus quadros. Temos sorte grande de tê-lo. Pessoa equiibrada, correta, respeitosa. Tenho profundo orgulho de ter ao meu lado. Não tenho dúvida nenhuma de que o Anderson, em toda essa trajetória vitoriosa, é um dos grandes responsáveis por ela. Te afirmo que, enquanto estiver aqui, o Anderson será meu parceiro.”
Avaliação da temporada e dificuldade para contratar
“Quando renovei o contrato do Abel, e fui eu que renovei, falei com ele que queria pelo menos um título por ano. Fui modesta. Ano passado tivemos três, esse ano tivemos dois. Nós trabalhamos para ganhar todos os campeonatos. Infelizmente não conseguimos na Copa do Brasil e na Libertadores, por detalhes. Acho que foi boa (a temporada). Gostaria que tivesse sido melhor, que nós sempre lutamos para conquistar o maior número de títulos possível sabendo que é difícil. Estamos na luta do Campeonato Brasileiro, é complicado (vencer), mas estamos na luta. A gente luta sempre para conquistar o maior número possível de títulos. Eu tenho muita restrição para jogadores que estão se aposentado e querem se aposentar no Palmeiras. Não é nossa mentalidade, não quero. Não quero uma performance de um ano, quero continuidade. Aqui no Brasil, alguns jogadores que tivemos possibilidade, não vou citar nomes, teve um que eu tive a possibilidade de trazer. Eu não trouxe porque achei o valor alto, não achei que valesse. Mas eu ouço as pessoas, eu observo. Não tenho convicções. Eu mudo de ideia. Não tem problema nenhum. Não tenho compromisso com erro. Eu não quis porque achei (jogador) caro e hoje acho que acertei. Eu me arrependeria se tivesse comprado.”
Patrocínio do Corinthians e se há possibilidade do Palmeiras voltar a ter camisa mais valiosa do Brasil
“Olha, jornalista tem que ser responsável. São formadores de opinião. Não posso dizer que a camisa de um clube é R$ 123 milhões. Você (jornalista que fez a pergunta) viu o contrato? Você não viu. Então como pode falar que a camisa de um clube vale R$ 123 milhões porque falaram? Tem que ser responsável, tem que ter a certeza de que vale. Me prove que essa camisa do Corinthians estão pagando R$ 123 milhões. Me mostrem o papel, que eu pago R$ 123 milhões. Quero que comprove que essas empresas pagam R$ 123 milhões por ano.”
Retaliação a conselheiros de oposição
“Eles queriam saber sobre conflito de interesse. Quando o conselheiro é bem intencionado, não tenho problema nenhum, não tenho problema com críticas. Sou política também, afinal, sou presidente. Essas pessoas não são da oposição, eles querem destruir a minha gestão. Foram essas pessoas que trouxeram a ‘Black Star’ anos atrás. Antes desse questionamento vir para mim, estava na imprensa, então não vou dar atenção a pessoas que não querem contribuir. Não é oposição, eles são da destruição. Não sou uma pessoa vingativa de forma nenhuma. Só não sou palhaça. Esses ingressos para conselheiros são uma liberalidade para presidente, oferece para quem quer, e para essas pessoas que querem destruir nossa gestão, não é que não têm ingresso, é que eles não têm nada. Eu não uso nada do Palmeiras. O Palmeiras nunca pagou camarote para mim, nunca pagou nada para mim. É tudo às minhas custas. Não há questão de conflito de interesse. Eles querem destruir a nossa gestão e eu não vou deixar.”