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Polícia usa gás lacrimogêneo em meio a protestos por jogo entre Noruega e Israel pelas eliminatórias da Copa

O jogo das eliminatórias da Copa do Mundo entre Noruega e Israel em Oslo, neste sábado, foi marcado por protestos e uma forte resposta da segurança, incluindo o uso de gás lacrimogêneo, com os torcedores noruegueses divididos sobre a participação de Israel no torneio devido à guerra em Gaza.
Antes do jogo, centenas de torcedores pró-palestinos se reuniram para protestar do lado de fora do Parlamento norueguês, muitos deles vestindo as camisas da equipe nacional da Palestina.
“O jogo não deveria ser realizado. Se a Rússia é expulsa, Israel também deveria ser”, disse o torcedor norueguês Johan, que estava vestido com uma camisa da seleção palestina.
Marchando em direção ao Estádio Ullevaal com bandeiras palestinas e sinalizadores, os manifestantes se reuniram do lado de fora, prometendo continuar até o pontapé inicial, enquanto os edifícios próximos exibiam faixas pró-palestinas penduradas nas sacadas.
A segurança foi rígida em torno do estádio, com a polícia fechando várias vias horas antes do início da partida, revistando bolsas e reduzindo o número de espectadores autorizados a entrar.
Mais tarde, a polícia norueguesa confirmou que havia usado gás lacrimogêneo em um grupo de manifestantes que tentou romper as barricadas ao redor do estádio enquanto a partida estava sendo disputada.
“Vários manifestantes romperam as barricadas da polícia do lado de fora do Estádio Ullevaal. Portanto, usamos gás para obter o controle da multidão. Ninguém ficou ferido em conexão com o incidente”, disse a polícia em um comunicado à mídia norueguesa.
A polícia também prendeu vários manifestantes, segundo a agência de notícias NTB.
Alguns torcedores noruegueses pareciam despreocupados com o contexto político da partida, vendo-a apenas como mais um obstáculo para se classificar para sua primeira Copa do Mundo desde 1998.
“Vamos ver a Noruega basicamente se classificar hoje e será uma grande noite”, disse um torcedor. A seleção da casa venceu por 5 x 0.
Mais de 67.000 palestinos foram mortos no ataque de Israel a Gaza, lançado depois que militantes liderados pelo Hamas invadiram cidades israelenses e um festival de música em 7 de outubro de 2023, matando 1.200 pessoas e capturando 251 reféns.
As tropas israelenses começaram a se retirar na sexta-feira sob um acordo de paz, que é a primeira fase do plano do presidente dos EUA, Donald Trump, para acabar com a guerra entre Israel e o grupo militante Hamas.
