“Cresci ouvindo meu avô falar sobre o Pelé. Ele contava que parava tudo o que estava fazendo para ouvir os jogos na rádio. Para ele, foi um privilégio acompanhar a carreira do maior de todos e ele sempre dizia que ninguém se comparava ao Rei. Obviamente eu não tive essa oportunidade de vê-lo jogar, mas fui entender a grandeza do Pelé quando virei jogador e cheguei à Seleção Brasileira. Só então tive noção do que ele realmente representava e a importância que ele teve para o futebol, para o Brasil e para o mundo. Não é à toa que quando uma pessoa é a melhor naquilo que faz, o chamam de Pelé daquela coisa. Nos últimos tempos, tentei de todas as formas conhecê-lo e dar um abraço nele. Nem que fosse só por um minuto, queria encontrar com ele. Era um sonho que me faltava realizar. Obviamente, sabia das dificuldades por conta da agenda e, depois, o estado de saúde dele. Não consegui realizar esse sonho”, lamentou.
Mesmo assim, o craque disse que durante a eliminação da Copa do Mundo recebeu um carinho de Pelé, que lhe deu forças para enfrentar o momento complicado.
“Em um momento tão triste quanto a nossa eliminação na Copa, acho que talvez o que me deu mais forças para superar aqueles dias difíceis foi uma mensagem que ele me mandou me dando força e que resolvi deixar marcada para sempre, junto com o seu autógrafo. Aquilo significou o mundo para mim. Esse ano eu também perdi o meu avô, que foi uma das pessoas que mais me incentivaram a jogar bola. E, no fim das contas, sempre que ouço falar dele me lembro que, se não fosse o Rei, talvez vô João não fosse apaixonado por futebol e não tivesse passado adiante essa paixão para o meu pai, que trouxe até mim. Talvez eu não chegasse onde cheguei. Mas, muito mais do que isso, com toda certeza o futebol não seria o que é. Obrigado, Rei!”, finalizou.
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