Mas é preciso dizer que esse não é exatamente um problema novo. Muito pelo contrário. É uma prática antiga, como destacou o jornal espanhol Marca, em sua edição desta segunda-feira (20/2).
Consta que, na Inglaterra do início do século passado, as investigações sobre manipulação de eventos esportivos não era incomum, especialmente em corridas de cavalos e lutas de boxe. Mas o futebol, como esporte de massa, estava começando a ficar no radar do submundo do jogo.
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E tudo parece ter começado na Liga Inglesa, em 1915, quando as apostas dispararam em favor do Manchester United, num jogo contra o Liverpool, pagando 8-1, e não havia razão para isso, porque o “favorito” nas apostas estava em penúltimo lugar na tabela.
O United venceu por 2 x 0, mas para os 15 mil espectadores, para o árbitro e para os jornalistas que compareceram, houve coisas suspeitas durante os 90 minutos que chamaram a atenção.
As investigações começaram cedo. Um dos bandeirinhas da partida, Fred Hargeaves, tinha certeza de que o jogo estava fraudado, como de fato acabou ficando comprovado. No total, oito jogadores foram considerados culpados.
Só que, das oito sentenças de suspensão perpétua do futebol, seis foram anuladas como recompensa pela participação dos condenados nas forças armadas inglesas durante a Primeira Guerra Mundial.
Como se vê, é um problema antigo, que está ganhando novos contornos com a expansão das casas de apostas, desde o advento da internet.
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