Vice na Copa do Brasil é o quinto fracasso do Flamengo no ano

O Flamengo de 2023 é um colecionador de fracassos. Atuações desastrosas, troca de técnicos, goleadas, vices, protestos e pressão da torcida marcaram o ano do Rubro-Negro, que com o vice da Copa do Brasil muito provavelmente não levantará nenhuma taça na temporada. É a primeira vez que isso acontece desde 2018.

Desde o dia 28 de janeiro, no primeiro jogo do Flamengo no ano, são cinco vexames: Supercopa, Mundial, Carioca, Libertadores e agora Copa do Brasil. Palmeiras, Al-Hilal, Fluminense, Olimpia e São Paulo. Na maioria, o clube carioca não só perdeu como também deixou as competições de forma desonrosa.

VICE NA SUPERCOPA ABRE A PORTEIRA DE FRACASSOS

O Flamengo começou o 2023 com o pé esquerdo. Campeão da Copa do Brasil de 2022, o Rubro-Negro disputou contra o Palmeiras, vencedor do Brasileirão no ano anterior, o título da Supercopa do Brasil logo na primeira partida da temporada. A ocasião também marcou a estreia de Vítor Pereira, substituto de Dorival Júnior.

Em jogo épico repleto de viradas e com direito a sete gols, o Verdão venceu por 4 a 3 e faturou a sua primeira Supercopa na história. Raphael Veiga marcou dois e Gabriel Menino outros dois para a equipe paulista. Gabigol, também duas vezes, e Pedro, foram os autores dos gols rubro-negros.

A DECEPÇÃO NO MARROCOS

A chave virou para o principal objetivo do Flamengo no primeiro semestre: o Mundial de Clubes. Depois de bater na trave em 2019, a conquista da competição era considerada obsessão por diretoria e jogadores. O desempenho no Marrocos, no entanto, foi muito aquém do esperado pelos flamenguistas, que vislumbravam um possível encontro com o Real Madrid na final.

A realidade é que nem vice deu pra ser. O time carioca foi eliminado pelo Al-Hilal na semifinal e viu o sonho do título escorrer pelas mãos logo na primeira partida. O time árabe, que inclusive é comandado por Jorge Jesus atualmente, venceu o Rubro-Negro com autoridade pelo placar de 3 a 2 e se garantiu na decisão. Restou ao Fla o terceiro lugar, conquistado após a vitória em cima do Al Ahly, do Egito.

REMONTADA TRICOLOR COM DIREITO A CHOCOLATE NA PÁSCOA

Em abril, com três meses de temporada, o Flamengo chegou ao terceiro vexame no ano. Desta vez para o Fluminense, na decisão do Carioca, em um dos jogos mais marcantes e emblemáticos da história dos Fla-Flus. Depois de vencer o jogo da ida por 2 a 0, o Rubro-Negro sofreu um atropelo na volta e viu os tricolores tomarem o Maracanã.

O time da Gávea viu o Flu igualar o placar agregado já no primeiro tempo, com gols de Marcelo e Cano. Na segunda etapa, o atacante argentino marcou o terceiro e Alexander concretizou a goleada. No finalzinho, Ayrton Lucas descontou, mas já era tarde: Fluminense 4×1 Flamengo. Vice e chocolate no Domingo de Páscoa.

ELIMINAÇÃO PRECOCE E O FIM DO SONHO DO TETRA NO MARACANÃ

Já com Sampaoli no comando, o Flamengo amargou mais um duro fracasso em agosto. Desta vez pela Libertadores, competição em que o Rubro-Negro criou relação íntima com finais nas últimas temporadas. Em 2023, no entanto, o cenário foi diferente: eliminação nas oitavas de final com mais uma virada, desta vez para o Olimpia.

Mesmo sem convencer, venceu a ida por 1 a 0 e levou a magra vantagem para o Paraguai. No Defensores del Chaco lotado, chegou a abrir o placar e ampliar o agregado com Bruno Henrique, mas viu o Olimpia marcar três gols de bola aérea e virar o confronto. Um cruzamento pela direita no primeiro e dois escanteios no segundo derrubaram o Flamengo na busca pela América.

VICE DERRADEIRO NO MORUMBI

O fracasso na Copa do Brasil fechou o 2023 do Flamengo. Já em setembro, depois de quatro vexames, o São Paulo de Dorival Júnior conquistou a competição pela primeira vez na história e fechou a conta cara do Rubro-Negro, que com a larga distância para o Botafogo no Brasileirão muito provavelmente ficará com as mãos abanando em 2023.

O Tricolor venceu a ida por 1 a 0 e encaminhou o título já no Maracanã. No Morumbi, a equipe se comportou de outra maneira, abriu o placar com Bruno Henrique, mas Nestor deixou tudo igual ainda no primeiro tempo. Na segunda etapa, tentou uma pressão, mas não teve êxito e amargou mais um vice-campeonato.