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Vinícius Jr é novamente alvo de racismo e dispara: ‘normal na LaLiga’
O Real Madrid perdeu neste domingo (21) para o Valência por 1 a 0, em partida válida pelo Campeonato Espanhol. Contudo, o resultado final ficou em segundo plano porque, novamente, Vinícius Júnior foi alvo de ofensas racistas.
Ao longo do jogo, torcedores do time da casa chamaram o atacante brasileiro da “macaco” no estádio Mestalla. O caso aconteceu aos 24 minutos do segundo tempo, após simpatizantes do Valência jogarem uma segunda bola dentro de campo e o camisa 20 reclamar.
Avisado, o juiz conversou com os jogadores das equipes e o sistema de som do estádio reproduziu um aviso afirmando que a partida havia sido interrompida devido a um caso de racismo. O jogo ficou paralisado por cerca de 8 minutos.
Já aos 48 minutos da segunda etapa, foi gerada uma confusão dentro da área defendida pelos mandantes. O goleiro Mamardashvili partir para cima do atacante da seleção brasileira e os dois levaram amarelo.
Contudo, no meio do tumulto, Vini foi segurado pelo pescoço, com uma espécie de “mata-leão”, por Hugo Duro, também do Valência. Depois, o brasileiro acerta um tapa no rosto do adversário. O VAR vê apenas a agressão do atleta do Real e aplica o cartão vermelho.
Após a partida, o atacante do time comandado por Carlo Ancelotti usou as suas redes sociais para protestar contra mais um caso de racismo sofrido nos gramados. Ele afirmou que a LaLiga como a Federação Espanhola acham normal os casos de preconceito, e que seus adversários incentivam essas ações.
“Não foi a primeira vez, nem a segunda e nem a terceira. O racismo é o normal na La Liga. A competição acha normal, a Federação também e os adversários incentivam. Lamento muito. O campeonato que já foi de Ronaldinho, Ronaldo, Cristiano e Messi, hoje é dos racistas”, escreveu.
“Uma nação linda, que me acolheu e que amo, mas que aceitou exportar a imagem para o mundo de um país racista. Lamento pelos espanhois que não concordam, mas hoje, no Brasil, a Espanha é conhecida como um país de racistas. E, infelizmente, por tudo o que acontece a cada semana, não tenho como defender. Eu concordo. Mas eu sou forte e vou até o fim contra os racistas. Mesmo que longe daqui”, finalizou.