ESPORTES
Zagallo viveu os últimos anos entre visitas e ‘peladas de bocha’
Mário Jorge Lobo Zagallo, que morreu aos 92 anos na noite de sexta-feira, 5, por falência múltipla dos órgãos, passou os últimos anos como ilustre espectador do futebol.
Depois de décadas de dedicação dentro e fora de campo, Zagallo deixou a modalidade como profissão em 2007. Um ano antes, ele esteve na comissão de Carlos Alberto Parreira na Copa do Mundo da Alemanha. “Estou aposentado. Não pretendo voltar a ser treinador de clube ou seleção. Apenas estou vivendo o futebol de fora”, declarou para a agência de notícias EFE na época.
Ainda como boa saúde, o multicampeão foi encontrar em outra bola uma nova paixão: a bocha. Passou a disputar peladas da nova modalidade, sempre levando o esporte muito a sério. “Enquanto eu, já idoso, estava viajando e trabalhando com a seleção brasileira e outros clubes, eles já jogavam. Por isso estão num patamar acima do meu. Mas logo estarei no topo”, argumentou aos 75 anos em entrevista ao jornal O Globo, em 2007.
A importância de Zagallo também foi reconhecida pelo mercado publicitário. Em 2020, ele estampou o lançamento da camisa da Seleção Brasileira, inspirada no time tricampeão mundial, em 1970. A equipe –considerada por muitos a melhor da história– era treinada pelo Velho Lobo.
A forte ligação com o número 13 rendeu um convite da Vivo para protagonizar a campanha do iPhone 13, em 2021.
Nos últimos anos, com a saúde já debilitada, Zagallo passou a ter dificuldade para se locomover e para falar. Porém, mesmo assim, continuou recebendo visitas ilustres em sua casa. Tite, Juninho Paulista e Cesar Sampaio, por exemplo, estiveram com eles do Mundial no Catar.