Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.
Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.

GERAL

83% dos empresários do Acre apontam informalidade como principal entrave às contratações

Publicado em

O Acre, apesar de apresentar um saldo positivo de 429 novos postos de trabalho formais em fevereiro, enfrenta um desafio preocupante: a crescente informalidade. Este fenômeno, apontado por estudo da Fecomércio-AC em parceria com o Instituto Data Control, está diretamente impactando o setor comercial, freando as contratações e impulsionando a migração de trabalhadores para o setor de serviços.

Embora o estoque de empregos formais tenha atingido 109.619 em fevereiro (5.205 admissões vs. 4.776 desligamentos), a análise dos dados revela uma realidade complexa. O setor de serviços absorveu quase o dobro de novas contratações (2.509) em comparação com o comércio (1.146), indicando uma fuga de mão de obra qualificada para áreas menos regulamentadas. Para Egídio Garó, assessor da Fecomércio-AC, essa migração é consequência direta do aumento da informalidade.

Continua depois da publicidade

A disparidade entre as cidades acreanas é significativa. Rio Branco, apesar de liderar em admissões (3.402), também registrou o maior número de desligamentos (3.365), resultando em um saldo positivo irrisório de apenas 37 novos postos. Em contraponto, municípios como Cruzeiro do Sul e Sena Madureira apresentaram saldos positivos mais expressivos, enquanto Tarauacá registrou o pior desempenho.

A Fecomércio-AC alerta para a possibilidade de agravamento da situação, prevendo uma intensificação da redução de postos formais no comércio, potencializada por políticas econômicas nacionais. A expansão da indústria e da agricultura, aliada a uma política de juros favorável, são apontadas como fatores que poderiam mitigar esse impacto negativo.

Continua depois da publicidade

A pesquisa destaca a percepção dos empresários: 83% dos entrevistados em Rio Branco consideram a informalidade o principal entrave para novas contratações. O dado é alarmante, pois revela a dificuldade de competir com a flexibilidade e os custos reduzidos do mercado informal. A pesquisa também indica que 62,3% dos desligamentos no setor comercial são por iniciativa dos próprios trabalhadores, em busca de alternativas no mercado informal ou em outros setores.

A pesquisa, que entrevistou 200 pessoas em Rio Branco, revela um quadro preocupante: 33,7% dos trabalhadores ativos na capital exercem atividades informais, representando um terço da força de trabalho. Adicionalmente, 25% dos entrevistados não estão buscando emprego e 29,2% relatam apenas trabalhos eventuais, muitos deles há mais de dois anos.

Em resumo, a informalidade no Acre representa um sério obstáculo para o crescimento do comércio formal. Políticas públicas eficazes para combater a informalidade e estimular a geração de empregos formais são cruciais para garantir o desenvolvimento econômico sustentável do estado. A necessidade de investimentos em educação e qualificação profissional também se destaca como um elemento fundamental para mudar esse cenário.

Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Propaganda
Advertisement