E não para por aí. “Quando a pessoa chega no Acre, a gente começa pelo balão com uma viagem lá em cima de onde se vê a floresta, depois a gente pega a estrada e vem as Cordilheiras, cachoeiras enormes, os montes nevados. A gente sai de 150 metros do nível do mar para 4.800 metros de altitude, de 35 graus a 0 grau… são muitas sensações. Viajar de moto por esse programa possibilita experimentar muitas sensações de visual, de sensibilidade, de pressão atmosférica, cheiros, sabores, música, cultura, gastronomia variada que vai desde o churrasco ao ceviche peruano”, relata Cassiano.
Pioneiro em viagens sobre duas rodas pela Amazônia e América do Sul, pilotando motos como esportista de trilhas pela floresta desde os 15 anos de idade, ele tornou-se especialista no assunto, colecionando nada menos que estimados 1 milhão de quilômetros de viagens rodoviárias/terrestres pelos destinos.
Cassiano Marques | Foto ContilNet
“Comecei com as viagens pela América do Sul de moto, saindo do Acre, em 1994, quando não havia nem projeto de estrada eu já estava fazendo estas tentativas de ir a Cusco pelo meio da floresta. A primeira viagem foi neste roteiro Brasil – Bolívia – Peru, saindo de Rio Branco, por Cobija, subi a Cordilheira pela estrada da morte que era a única que havia para se chegar a La Paz e que atualmente é um estrada turística, e de La Paz até Lago Titicaca era estrada de chão. Depois vieram os rallys e as viagens a Bolívia e ao Peru, as expedições de moto turismo com as expedições interoceânicas, em parceria da EME Amazônia e a Star Honda e isso foi me credenciando”, conta.
Sobre o programa
Por meio da empresa EME Amazônia Turismo, Cassiano Marques desenvolve programa desde 2019, sedo o operador oficial do Honda Red Rider para os estados da Amazônia Legal e do Centro Oeste e América do Sul. As expedições e passeios são realizadas com motos de 1100 cilindradas, a CRF 1100L Africa Twin.
“Essas viagens são promocionais de experiência onde o cliente compra uma pacote que é subsidiado pela fábrica por meio das motos que são disponibilizadas pros participantes. Além das motos, sempre zeradas, do ano, tem assistência especializada, mecânica, acompanhamento de especialistas nesse tipo de viagem e nesses destinos da Amazônia e da América do Sul, carro de apoio, inclui hotéis, gasolina, seguros, passeios e todas as providências da viagem desde o planejamento à execução final . O cliente só se diverte com ou sem garupa”, pontua.
Além de moto condutor, Marques que já foi piloto de rally, enduro e motocross, atua também como instrutor de pilotagem off road. “O programa também oferece curso de pilotagem off road desde os fundamentos para que o cliente consiga melhorar sua condição técnica e desempenho”, explica.
O Acre no centro do moto turismo andino
Para Cassiano Marques, o Acre está no centro do moto turismo andino e o setor tem potencial para se desenvolver ainda mais, com oportunidade de crescimento econômico para a região, apesar dos acreanos e das instituições do Poder Público não se apropriarem disso.
“A Honda é maior fabricante do planeta e resolveu apostar no Acre pela posição estratégica para o desenvolvimento de produtos amazônicos, panamazonicos e andinos a partir de uma história que a gente tem sendo pioneiro em viagens e expedições nessa região em parceria com as concessionárias do grupo Star ao longo de vários anos o que possibilitou, credenciou a ser escolhido para ser o operador do programa que é referência mundial da Honda, com viagens que parte e chegam do Acre”, assinalou.
Ele lembra que quando foi secretário de Turismo, no governo Binho Marques, criou a rota Amazônia-Andes-Pacífico que depois foi expandida incluindo o Pantanal. “Os estados do Mato Grosso, Acre e Rondônia se aliaram junto com o Peru para o desenvolvimento dessa rota. Bolívia também foi convidada e hoje a estrada se consolidou na chama Carreteira Interoceânica e hoje existem dois grandes corredores de integração sul-americana do ponto de vista de mototurismo, turismo rodoviário que é via Foz do Iguaçu com a Argentina e Acre-Peru e agora começando Acre-Bolivia. E isso coloca o Acre no centro do mapa do destino do mototurismo sulamericano”, completou.
Os destinos
São previstas cerca de 12 a 13 viagens por ano por meio do Honda Red Rider e dentre os próximos destinos destacam-se: ao Vale Sagrado dos Incas no Peru, Andes e Pacífico, Bolívia, Pantanal, entre outros.
“Fizemos ano passado uma expedição chamada Bolívia-Peru e estamos com outra programada para setembro desse ano porque a Bolívia está asfaltando desde Cobija até La Paz. Já tem vários trechos asfaltados, então o Acre se fortalece cada vez mais nessa relação com as fronteiras com esses dois países fantásticos aliado com os estados da Amazônia pro moto turismo também”, enfatiza Cassiano Marques.
Ele relata também. “Acabamos de fazer uma ao Chile e Argentina, entre março e abril e fizemos por Campo Grande, Corumbá, Santa Cruz de la Sierra, Cochabamba, La paz, Salardiune. Fomos pro Chile, São Pedro de Atacama, Argentina paro Moto GP, que é o mundial de moto velocidade, e saímos em Foz e vamos repetir pra versão original que é saindo de Rio Branco. Entre Julho e Abril do anos que vem estão programadas 13 grandes viagens como essa”, informou.
“Você não vai me ver de paletó nunca mais”
Indagado sobre a satisfação do programa, Cassiano Marques pontua além do elevado índice apontado pelos clientes, o seu pessoal. “Estão inclusos no pacote momentos encantadores e eu estou muito feliz de estar fazendo isso. Além da experiência de conhecer destinos fantásticos, do ponto de vista de acreanidade muito me orgulha ser o operador disso tudo primeiro porque eu amo motociclismo”, disse
Além de advogado, Cassiano já foi secretário de Estado de Segurança Pública, no governo Jorge Viana; secretário de Estado de Saúde, no governo Tião Viana; e secretário de Turismo, como já mencionado, no governo Binho. Também acumula no currículo já ter ocupado o cargo de superintendente do Sebrae- AC.
Porém, ao que parece, a carreira executiva ficou para trás dando lugar exclusivo à vida sobre duas rodas. “Fiz escolhas na minha vida para estar onde estou, no sentido de estar operando um programa fantástico de experiências de turismo que é nível mundial e estou aliado ao maior grupo do planeta e em nível local em parceria com o maior grupo concessionário do Acre do Acre. Continuo advogado um advocacia mais consultiva e seletiva, mas você não vai me ver de paletó e gravata nunca mais”, concluiu.