Acre apresenta tendência de queda em doenças respiratórias, enquanto outras regiões do Brasil registram aumento

Um novo estudo da Fiocruz, divulgado na quinta-feira (12), mostra uma tendência positiva no Acre: a probabilidade de queda nas síndromes respiratórias agudas graves (SRAGs) subiu de 75% para 95% no longo prazo, em contraste com o aumento de casos em outras partes do Brasil. Essa informação é um alento em meio à crise climática que afeta a região.

Em nível nacional, o Boletim InfoGripe aponta um aumento de casos de SRAG por Covid-19 em Goiás, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Distrito Federal. O estudo também constatou o crescimento de casos de SRAG por rinovírus em vários estados do Nordeste e Centro-Sul, especialmente no Amapá, com destaque para a alta incidência entre crianças e adolescentes de até 14 anos.

A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz, alerta para a possibilidade de disseminação da Covid-19 a partir de São Paulo, devido à alta movimentação de pessoas entre o estado e outras regiões do país. Ela reforça a importância da vacinação contra a Covid-19 para o grupo de risco, incluindo idosos, crianças e pessoas com comorbidades.

Portella também destaca a importância da vacinação contra a influenza, especialmente na região Norte, onde as campanhas de imunização começam nesta época do ano. “É fundamental que todas as pessoas elegíveis nos estados do Norte estejam em dia com a vacina contra a influenza”, enfatiza a pesquisadora.

A atualização do Boletim InfoGripe, referente à Semana Epidemiológica 36 (de 1 a 7 de setembro), é baseada nos dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).