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Acre comemora 121 anos do Tratado de Petrópolis: Um legado de luta e identidade

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Em 17 de novembro de 1903, o Brasil anexava oficialmente o Acre, culminando uma saga de luta pela soberania e identidade regional que se tornou um símbolo de resistência nacional. 121 anos após a assinatura do Tratado de Petrópolis, o governo do Acre celebra este marco histórico, resgatando a memória de um povo que, contra todas as adversidades, conquistou o direito de pertencer à nação brasileira.

O Tratado de Petrópolis, assinado entre Brasil e Bolívia, pôs fim a disputas territoriais e incorporou ao Brasil uma região rica em recursos naturais e cultura única. A ocupação do Acre, impulsionada pelo ciclo da borracha e marcada por conflitos, viu brasileiros e seringueiros se estabelecerem em terras bolivianas. A Revolução Acreana, liderada por figuras como Plácido de Castro, foi crucial para essa conquista, demonstrando a determinação dos acreanos em se tornarem brasileiros. A habilidade diplomática do Barão do Rio Branco foi fundamental na concretização deste desejo.

Para o governador Gladson Cameli, preservar a memória desta luta é fundamental, não apenas para celebrar as conquistas passadas, mas também para fortalecer a identidade acreana para as gerações futuras. “O Acre lutou para ser brasileiro, e hoje nosso dever é contar essa história, manter viva nossa identidade e honrar a coragem de nossos antepassados”, afirmou Cameli.

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O governo tem investido na revitalização de espaços que preservam a história acreana, fortalecendo o patrimônio cultural do estado. O Museu da Borracha, com suas nove salas que retratam a Revolução Acreana e o ciclo da borracha, é um exemplo desse esforço. O Memorial dos Autonomistas, por sua vez, celebra a luta pela emancipação do Acre em 1962, abrigando os restos mortais de José Guiomard dos Santos, o “Pai da Autonomia Acreana”, e sua esposa.

Recentemente, o Museu dos Povos Acreanos foi revitalizado com um investimento superior a R$ 16 milhões, transformando o antigo Colégio Meta em um espaço multifacetado e interativo. Com salas temáticas como a Sala Chico Mendes e a Sala Floresta Acreana, o museu preserva a memória do seringueiro e da luta ambientalista, além de contar com espaços tecnológicos para engajar o público.

A revitalização desses museus não apenas preserva a memória histórica, mas também impulsiona o turismo cultural no estado, oferecendo aos visitantes a oportunidade de conhecer a rica história e a identidade única do Acre. A inclusão de uma loja de artesanato, a Bem Acreano, no Museu dos Povos Acreanos, promove ainda o comércio de produtos locais, valorizando a cultura acreana.

A celebração do Tratado de Petrópolis é, portanto, um ato de reconhecimento da luta e da resiliência do povo acreano, uma reafirmação de sua identidade e um compromisso com a preservação de sua memória para as gerações futuras.

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