Acre em Alerta: Piora da qualidade do ar mobiliza ações do Governo

Na última segunda-feira, 2 de setembro, a Secretaria do Meio Ambiente do Acre (Sema) emitiu um novo alerta à população sobre a deterioração da qualidade do ar no estado. Segundo informações do Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), o aumento da fumaça é resultado do elevado número de focos de calor na Amazônia, com uma concentração significativa vindo do sul do Amazonas.

A secretária Julie Messias destacou a mobilização do Gabinete de Crise, que reúne diversas secretarias estaduais para enfrentar esse período crítico. Ela enfatizou a importância da conscientização coletiva: “Estamos intensificando a fiscalização e o monitoramento ambiental. A situação exige atenção de todos os setores. Combater as queimadas é uma responsabilidade compartilhada e fundamental para a saúde pública e o meio ambiente.”

Os dados mais recentes revelam que a qualidade do ar nos municípios acreanos superou os limites recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que estabelece um teto seguro de 15 microgramas por metro cúbico (μg/m³). A capital, Rio Branco, apresentou uma média alarmante de 193,65 μg/m³, tornando-se 13 vezes superior ao limite seguro, caracterizando um nível péssimo de poluição.

Messias também ressaltou os efeitos das queimadas na saúde pública e no meio ambiente: “A fumaça das queimadas locais e regionais é transportada pelo vento, e a seca extrema agrava essa situação, afetando tanto as áreas próximas quanto regiões distantes.”

Além de Rio Branco, outras regiões como Alto Acre, Purus, Tarauacá-Envira e Juruá também enfrentaram níveis críticos de poluição ao longo do dia. Em resposta a essa emergência ambiental, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) orienta a população a seguir recomendações específicas para proteger sua saúde respiratória. As dicas incluem aumentar a ingestão de líquidos, limitar o tempo em ambientes abertos durante períodos críticos e utilizar máscaras.

A Sesacre alerta ainda para a importância de prestar atenção aos sintomas respiratórios e buscar atendimento médico caso surjam problemas de saúde.

Para mitigar os efeitos dessa crise climática, o governo estadual está implementando diversas ações. Entre elas estão a intensificação da fiscalização através da Operação Sine Ignis, monitoramento ambiental com tecnologia avançada, campanhas educativas em municípios e fortalecimento das brigadas contra incêndios. O estado também reconheceu oficialmente a situação de emergência e organizou um comitê de crise para coordenar as ações necessárias.

Diante desse cenário alarmante, é essencial que cada cidadão faça sua parte na luta contra as queimadas e na proteção da saúde coletiva. A conscientização é a chave para enfrentar essa crise ambiental que afeta não apenas o Acre, mas toda a região amazônica.