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Acre em alerta: Técnicos do MS reforçam combate à dengue no estado

O Acre se prepara para enfrentar uma nova temporada de dengue com o apoio do Ministério da Saúde. Uma equipe do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) do MS está no estado desde a última semana, realizando ações técnicas para fortalecer a vigilância epidemiológica e o combate à doença.
A iniciativa faz parte do Plano Nacional de Contingência para Prevenção e Controle das Arboviroses, que inclui dengue, Zika e chikungunya. O Acre está entre os sete estados priorizados nesta etapa, devido à alta incidência de arboviroses no período sazonal.
A equipe do COE já visitou Cruzeiro do Sul e outros municípios do Vale do Juruá, promovendo reuniões técnicas, orientações para mobilização social e eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti. Nesta sexta-feira (17), a caravana chegou a Rio Branco, onde se reuniu com autoridades de Saúde do Estado e da capital para alinhar estratégias de combate à dengue.
“Estamos enfrentando um período crítico, com casos elevados em vários municípios. Nosso plano de intervenção está pronto e estamos monitorando os municípios para mitigar os danos”, afirmou Ana Cristina Moraes, secretária de Estado de Saúde em exercício.
Em Rio Branco, o vice-prefeito Alysson Bestene destacou as ações de limpeza urbana e controle do vetor, com foco nos bairros mais afetados. “Estamos nos antecipando aos impactos das chuvas e fortalecendo a vigilância epidemiológica nas regiões de maior risco”, explicou.
O governo federal destinou R$ 1,5 bilhão para o fortalecimento das medidas de controle da dengue em todo o país. O coordenador-geral de Resposta às Emergências em Saúde Pública, Weslley Vitor da Silva, ressaltou que o COE foi ativado um mês antes do previsto, devido ao agravamento da situação epidemiológica no Brasil. “Estamos trabalhando de forma integrada para prevenir e dar suporte técnico”, afirmou.
Novas tecnologias no combate à dengue:
O Plano de Ação para Redução da Dengue e outras Arboviroses 2024/2025 inclui novas tecnologias para o controle do vetor:
-Wolbachia: Infecção do mosquito com uma bactéria que impede a transmissão do vírus da dengue.
-Insetos estéreis: Machos do Aedes aegypti esterilizados, recomendados para áreas de preservação ambiental e comunidades indígenas.
-Borrifação residual intradomiciliar: Utilizada em áreas de grande circulação de pessoas, como creches, escolas e asilos.
-Disseminadoras de Larvicidas: Dispositivos que liberam larvicidas para o controle de mosquitos em áreas estratégicas.
-Bacillus Thuringiensis Israelensis (BTI): Bactéria que controla a proliferação de larvas do mosquito.
Cenário epidemiológico no Acre:
No Acre, já foram registrados 1.555 casos prováveis de dengue neste início de ano, sem óbitos e sem casos graves. O coeficiente de incidência da doença é de 176,6 casos por 100 mil habitantes. O pico de casos ocorreu na primeira semana epidemiológica, com 840 casos, seguido de uma queda significativa nas semanas seguintes.
A integração entre os governos federal, estadual e municipal é fundamental para a contenção das arboviroses. O Ministério da Saúde destaca a importância da colaboração e participação ativa da população na eliminação de focos do mosquito transmissor, visando a proteção da saúde pública.
