Acre enfrenta desafios sociais, ocupando posição intermediária em ranking de sustentabilidade

O estado do Acre ocupa a 23ª posição no Ranking de Sustentabilidade Social, divulgado pelo Ranking de Competitividade dos Estados, com um índice de 20,2%. Este ranking, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), avalia a eficácia dos governos estaduais na redução da vulnerabilidade social. Embora não esteja na pior posição, o resultado destaca os significativos desafios enfrentados pelo Acre na promoção da justiça social e na redução das desigualdades.

A sustentabilidade social, um dos pilares principais do ranking (terceiro maior peso, com 11,5% do índice geral, atrás apenas de Segurança Pública e Infraestrutura), avalia a capacidade do governo em promover a dignidade humana em todas as fases da vida. Isso inclui o acesso a serviços essenciais como saúde e saneamento, além de indicadores como mortalidade infantil, trabalho infantil e desigualdade racial.

O ranking revela um desequilíbrio regional significativo, com os estados do Sul, Sudeste e o Distrito Federal concentrando as melhores colocações, enquanto as regiões Norte e Nordeste, incluindo o Acre, ocupam majoritariamente as posições inferiores. Santa Catarina lidera o ranking com 100%, enquanto o Amapá ocupa a última posição com 0,0%.

Principais indicadores avaliados:

O ranking utiliza uma série de indicadores para avaliar a capacidade do estado em combater a vulnerabilidade social. Os principais são:

-Inadequação de moradia: Percentual de domicílios urbanos com deficiências.

-Pobreza: Percentual de famílias com renda per capita abaixo da linha da pobreza.

-Desigualdade de renda: Índice de Gini sobre rendimentos do trabalho.

-Saneamento básico: Acesso à água e esgoto.

-Anos potenciais de vida perdidos: Média de anos não vividos por mortes prematuras.

-IDH (Índice de Desenvolvimento Humano): Medida geral do desenvolvimento socioeconômico.

-Mortalidade materna e infantil: Número de óbitos em gestantes e crianças menores de 5 anos.

-Desnutrição e obesidade infantil: Percentual de crianças com magreza acentuada ou obesidade.

-Cobertura vacinal: Percentual da população vacinada.

-Equilíbrio racial: Presença proporcional da população negra em estratos privilegiados.

-Trabalho infantil: Proporção de crianças e adolescentes em trabalho irregular.

-Trabalho análogo à escravidão: Número de trabalhadores em condições degradantes.

A posição do Acre no ranking sinaliza a necessidade de políticas públicas mais eficazes para garantir os direitos sociais básicos e reduzir as desigualdades, buscando melhorar significativamente os indicadores mencionados acima. O estado precisa focar em investimentos estratégicos para alcançar melhores resultados em sustentabilidade social e melhorar a qualidade de vida de sua população.