GERAL
Acre enfrenta poluição do ar acima do limite da OMS
As cidades acreanas enfrentam níveis de poluição do ar acima dos limites recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nas últimas 24 horas. Rio Branco, Sena Madureira, Manoel Urbano e Xapuri registraram índices de PM2.5 superiores a 15 µg/m³, o limite recomendado para um período de 24 horas.
A situação se agrava durante o “verão amazônico”, quando a baixa umidade do ar e a escassez de chuvas favorecem os focos de queimadas, liberando partículas de fumaça que contaminam o ar. A poluição do ar por PM2.5, partículas finas com diâmetro inferior a 2,5 micrômetros, é particularmente preocupante, pois essas partículas podem penetrar nos pulmões e na corrente sanguínea, causando graves problemas de saúde.
De acordo com a OMS, mais de 90% da população mundial está exposta a níveis de PM2.5 acima dos limites recomendados, que são de 15 µg/m³ para 24 horas e 5 µg/m³ para um ano. A exposição a essas partículas finas pode resultar em tosse, dificuldade respiratória, agravamento da asma e desenvolvimento de doenças respiratórias crônicas.
A Rede de Monitoramento da Qualidade do Ar no Acre, que utiliza sensores do sistema Purple Air, tem enfrentado problemas técnicos, dificultando o acompanhamento da situação. No entanto, dados recentes mostram que a poluição do ar no Acre está em níveis alarmantes, com Rio Branco atingindo quatro vezes o limite recomendado em 25 de julho.
Xapuri, no Acre, foi classificada como a cidade brasileira com o pior índice de poluição do ar em 2023, de acordo com o relatório World Air Quality da IQAir. Essa situação exige ações urgentes para reduzir as emissões de poluentes, proteger a saúde da população e preservar o meio ambiente.
A situação exige ações urgentes por parte das autoridades para combater as queimadas, promover a educação ambiental e implementar medidas para reduzir as emissões de poluentes. A saúde da população acreana está em risco, e a necessidade de ações eficazes para melhorar a qualidade do ar é urgente.