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Acre: Entre os piores em acessibilidade, revela IBGE

O Censo Demográfico 2022 do IBGE revelou um cenário preocupante para a acessibilidade e mobilidade urbana no Acre. O estado se destaca negativamente em diversos indicadores, ficando abaixo da média nacional em aspectos cruciais para a inclusão e qualidade de vida da população.
Principais pontos negativos:
-Rampa para Cadeirantes: Apenas 10,2% da população urbana acreana reside em ruas com rampas, um índice significativamente inferior à média nacional de 15,2%. Isso demonstra uma grave deficiência na infraestrutura para pessoas com mobilidade reduzida.
-Calçadas Acessíveis: A situação é ainda mais crítica em relação às calçadas acessíveis. Somente 5,6% da população do Acre mora em vias com calçamento livre de obstáculos, enquanto a média nacional é de 15,2%. A falta de calçadas adequadas representa um grande obstáculo para a locomoção de pedestres, especialmente pessoas com deficiência.
-Infraestrutura para Ciclistas: O Acre também apresenta um índice baixíssimo de infraestrutura cicloviária. Apenas 2,9% dos moradores vivem em locais com ciclovias ou ciclofaixas, contrastando com a média nacional de 1,9% e ficando muito atrás de estados como Santa Catarina (5,2%). Essa deficiência desestimula o uso de bicicletas como meio de transporte, impactando a mobilidade sustentável e a saúde pública.
-Calçamento: Embora 72% da população urbana acreana resida em vias com algum tipo de calçamento, o índice ainda fica abaixo da média nacional de 84%, indicando necessidade de investimentos em pavimentação em diversas áreas urbanas.
Comparação com o cenário nacional:
Os dados do IBGE demonstram que o Brasil, como um todo, enfrenta desafios consideráveis na infraestrutura urbana. A pesquisa destaca:
-Falta de Calçadas: 16% da população brasileira (aproximadamente 27 milhões de pessoas) vivem em ruas sem calçadas.
-Falta de Arborização: 34% da população (cerca de 59 milhões) residem em locais sem nenhuma árvore.
-Falta de Sinalização para Bicicletas: Mais da metade dos municípios brasileiros (54,1%) não possui sinalização para ciclistas. A média nacional de população com acesso a ciclovias é apenas de 1,9%.
Os dados do Censo 2022 expõem a urgência de investimentos em infraestrutura urbana acessível e inclusiva no Acre. A falta de rampas, calçadas adequadas e infraestrutura cicloviária afeta diretamente a qualidade de vida da população, limitando a mobilidade e a participação social de diversos grupos, especialmente pessoas com deficiência. É necessário um planejamento urbano que priorize a acessibilidade e a mobilidade sustentável, garantindo o direito de ir e vir para todos os cidadãos. A pesquisa completa do IBGE está disponível em seu portal, permitindo uma análise mais detalhada da situação em diferentes regiões do estado.
