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Acre intensifica combate à febre do oropouche em face de surto sem precedentes

O Estado do Acre enfrenta um surto de Febre do Oropouche, com um aumento de 620% nos casos registrados entre 2023 e 2024. Em resposta à gravidade da situação, a Secretaria de Saúde do Estado do Acre (Sesacre) e a Secretaria de Saúde de Rio Branco (Semsa) se mobilizam para implementar ações de prevenção e tratamento da doença.
A iniciativa surge após orientação conjunta do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), que alertam para a necessidade de medidas eficazes para conter o avanço da doença.
As secretarias de saúde estão elaborando protocolos específicos para abordar a prevenção e o manejo da Febre do Oropouche, incluindo cuidados especiais para o período pré-natal e neonatal, em conformidade com as recomendações dos Ministérios Públicos.
A Sesacre também anunciou a capacitação de profissionais de saúde para garantir registros adequados, encaminhamentos e o acompanhamento de pacientes diagnosticados com a doença, com foco no acolhimento de gestantes e familiares.
As ações do governo se baseiam na Nota Técnica 135/2024, emitida pelo Ministério da Saúde, que orienta sobre a notificação e investigação de casos suspeitos, especialmente em gestantes, anomalias congênitas e óbitos fetais.
A Febre do Oropouche é uma arbovirose transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim. Seus sintomas, como febre, dor de cabeça, dor nas articulações e músculos, podem se assemelhar a outras doenças como dengue, zika e chikungunya.
Até o momento, não há vacina ou tratamento específico disponível para a doença. O tratamento se concentra em aliviar os sintomas e prevenir complicações.
O MPF monitora as ações do poder público no Acre desde 2023, acompanhando de perto o combate à Febre do Oropouche. A intensificação das medidas de prevenção e tratamento é crucial para controlar o surto e proteger a população acreana.
