Acre lidera emissão de carbono na Amazônia; desmatamento impacta o PIB

O Acre se destaca negativamente como o estado da Amazônia que mais emite carbono em relação ao seu PIB, segundo o primeiro Anuário Estadual de Mudanças Climáticas, lançado em Brasília. Em 2022, o estado registrou 2,5 toneladas de CO₂e (carbono equivalente) para cada R$ 1.000 do PIB, um índice preocupante que coloca o Acre em primeiro lugar na região.

O estudo, realizado pelo Centro Brasil no Clima (CBC) e pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS), com apoio do Instituto Itaúsa, aponta que o desmatamento é o principal motor das emissões de carbono na região amazônica. Rondônia, Mato Grosso, Pará e Maranhão também figuram entre os estados com maiores índices, todos com áreas dentro do bioma amazônico.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, presente no lançamento do anuário, destacou a urgência de políticas públicas eficazes para reduzir o impacto ambiental no país. O estudo, que oferece um panorama detalhado das emissões de gases do efeito estufa em nível estadual, serve como ferramenta crucial para o desenvolvimento de estratégias de mitigação e adaptação às mudanças climáticas no Brasil.

A situação do Acre, líder em emissão de carbono, exige atenção especial e ações coordenadas para reverter essa tendência. A preservação da floresta amazônica é vital para a saúde do planeta e o combate às mudanças climáticas, e o desmatamento desenfreado coloca em risco o desenvolvimento sustentável da região.