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Acre registra 119 óbitos fetais e infantis em 2023: Um alerta para a saúde pública

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Entre janeiro e maio de 2023, o Acre enfrentou um triste cenário de saúde pública, com a confirmação de 119 óbitos fetais e infantis, conforme divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre). Este boletim, que abrange os primeiros quatro meses do ano, revela que 17 municípios foram afetados por essas trágicas perdas.

Dentre os 119 registros, 37 referem-se a óbitos fetais, enquanto 82 são de crianças com menos de um ano. Os dados ainda estão sob investigação para compreender melhor as causas e circunstâncias dessas mortes. A distribuição dos óbitos mostra que 31% foram fetais, 35% ocorreram nos primeiros seis dias de vida (neonatal precoce), 8% entre 7 e 27 dias (neonatal tardio) e 25% no período pós-neonatal.

Os municípios de Rio Branco, Cruzeiro do Sul e Feijó foram os mais impactados, com Rio Branco contabilizando a maior parte das ocorrências: 56 óbitos (47,1%). Também se destacou a mortalidade entre populações indígenas, com 11 casos registrados.

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A faixa etária das mães dos casos investigados apresenta uma preocupação: a maioria dos óbitos ocorreu entrev mulheres de 20 a 30 anos, representando 41% do total. Essa faixa etária é marcada por um aumento na atividade sexual e no desejo de formar uma família, o que pode resultar em mais gestações e complicações associadas.

Além disso, a análise da duração da gestação nos casos de óbito fetal revela que a maioria ocorreu entre as semanas 32 e 36. Os dados indicam também que houve registros de óbitos em municípios vizinhos, como Porto Velho (RO) e Boca do Acre (AM), totalizando os mesmos 119 casos.

A mortalidade infantil é um dos principais indicadores da qualidade de vida em uma população. Para abordá-la efetivamente, é essencial considerar fatores biológicos, sociais e culturais, além das falhas no sistema de saúde. A redução desses índices requer intervenções estruturais nas condições de vida da população e ações diretas por meio de políticas públicas robustas.

O cenário apresentado é um chamado à ação para todos os envolvidos na saúde pública do Acre. É fundamental que sejam implementadas medidas eficazes para garantir a proteção da vida desde a gestação até os primeiros anos de vida das crianças.

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