Acre registra aumento de casos de febre do Mayaro e redução, mas ainda preocupante, de Chikungunya

O Acre enfrenta um cenário epidemiológico complexo envolvendo arboviroses. Dados da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) revelam 15 casos confirmados de febre do Mayaro e 138 casos prováveis de Chikungunya entre janeiro e junho de 2025. Embora a Chikungunya apresente uma redução geral de 33,3% em relação ao mesmo período de 2024, a situação exige atenção, especialmente na região do Vale do Juruá.

A febre do Mayaro, arbovirose predominante em áreas rurais e florestais, apresenta sintomas semelhantes à dengue. Nos primeiros seis meses de 2025, foram registrados 15 casos confirmados no Acre, distribuídos principalmente em Cruzeiro do Sul (7 casos), Rio Branco (5 casos), e com casos isolados em Porto Acre, Mâncio Lima e Rodrigues Alves. Apesar da baixa taxa de positividade (0,2%), com 8.722 amostras analisadas, a Sesacre alerta para a possibilidade de subnotificação devido à limitação de kits laboratoriais. Desde o início dos testes em abril de 2023, o Acre já contabiliza 26 casos confirmados.

A Chikungunya, apesar da redução geral, mostra-se preocupante na região do Juruá, concentrando 65,9% dos 138 casos prováveis notificados em 2025. Cruzeiro do Sul lidera com 91 casos (aumento de 26,4%), seguido por Porto Walter e Rodrigues Alves, que registraram aumentos expressivos de 300% e 100%, respectivamente. O perfil epidemiológico indica maior incidência em adultos entre 35 e 49 anos, com leve predominância no sexo masculino. A Sesacre destaca a eficácia da rede estadual de testagem, com 30 dos 138 casos prováveis confirmados laboratorialmente.

A Sesacre reforça a importância de medidas preventivas para combater a proliferação de mosquitos transmissores, como a eliminação de criadouros e o uso de repelentes. A vigilância epidemiológica contínua e o aumento da capacidade de testagem são essenciais para um controle eficaz dessas arboviroses no estado.