Adolescente acreano com câncer raro busca tratamento em Rondônia após falta de recursos no Estado

Claudiney Santos, um adolescente de 14 anos da comunidade ribeirinha Seringal Boa Esperança, no interior do Acre, enfrenta uma batalha contra o osteossarcoma, um câncer ósseo raro. Diagnosticado após uma queda com um bezerro revelar fortes dores no ombro, Claudiney teve seu diagnóstico confirmado em Rio Branco, mas a família se deparou com a dura realidade da falta de estrutura para o tratamento da doença no estado.

A busca por atendimento em hospitais de Rio Branco se mostrou infrutífera, com a família sendo informada da impossibilidade de tratamento no Acre. A tentativa de acesso ao programa Tratamento Fora de Domicílio (TFD) também não obteve sucesso, deixando a família sem alternativa senão buscar tratamento em outro estado.

Sem apoio do poder público, os pais de Claudiney optaram por levá-lo a Porto Velho (RO), onde ele iniciou o tratamento no Hospital do Amor. No entanto, a decisão gerou novos desafios. A família enfrenta dificuldades logísticas e financeiras consideráveis, tendo que arcar com os custos de hospedagem, alimentação e transporte diário até o hospital. Para garantir a continuidade do tratamento, o pai de Claudiney iniciou uma campanha de arrecadação de recursos, apelando para a solidariedade da população.

A situação de Claudiney destaca a precariedade do sistema de saúde no Acre, que deixa pacientes vulneráveis sem acesso a tratamentos essenciais. A falta de estrutura e o insucesso na busca por apoio do poder público forçaram a família a arcar sozinha com os altos custos do tratamento em outro estado, expondo a fragilidade do sistema e a necessidade urgente de investimentos em saúde pública. Além dos desafios com o tratamento, Claudiney ainda precisa lidar com o uso indevido de sua imagem em campanhas de arrecadação fraudulentas, adicionando mais um obstáculo à sua luta pela vida. A história de Claudiney serve como um alerta para a necessidade de melhorias urgentes no acesso a tratamentos de saúde, especialmente para pacientes com doenças raras e em regiões remotas.