Alta de doenças respiratórias leva Rio Branco a decretar situação de emergência

O município de Rio Branco, no Acre, decretou situação de emergência em saúde pública devido ao aumento significativo de casos de doenças respiratórias. A medida, assinada pelo prefeito Tião Bocalom (PL) nesta sexta-feira (11), terá validade de 180 dias e visa enfrentar a crise sanitária causada pela alta incidência de Síndrome Gripal (SG), Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e Covid-19.

Os números são alarmantes. Dados da Vigilância em Saúde apontam mais de 18 mil atendimentos por doenças respiratórias até a 21ª semana epidemiológica de 2025, com 499 internações por SRAG. Crianças menores de dois anos (42,1%) e idosos com 60 anos ou mais (18%) são os grupos mais afetados, e 29 óbitos foram registrados, incluindo seis por Covid-19.

A situação é agravada pela circulação simultânea de diversos vírus respiratórios, como Rinovírus, Vírus Sincicial Respiratório (VSR), Influenza A e B, Adenovírus e SARS-CoV-2. Essa combinação sobrecarregou a rede pública e privada de saúde, levando à superlotação de unidades básicas e hospitais e aumentando o risco de transmissão comunitária.

Para combater a crise, a Secretaria Municipal de Saúde liderará as ações de enfrentamento, contando com o apoio de outras secretarias. O decreto permite ajustes nas medidas de contenção durante os próximos seis meses, adaptando-se à evolução da situação e às recomendações das autoridades sanitárias. A declaração de emergência representa um alerta sobre a gravidade da situação e a necessidade de uma resposta rápida e coordenada para proteger a população de Rio Branco.