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GERAL

Aluno que ficou paraplégico após ser atingido por aparelho volta à academia

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O motorista de aplicativo Regilânio da Silva, que ficou paraplégico após ser atingido por um aparelho de musculação, voltou a frequentar uma academia nesta segunda-feira, 18, quatro meses após o ocorrido. O acidente aconteceu em 4 de agosto, em Juazeiro do Norte, no Ceará. Ainda usando cadeira de rodas, ele comemorou a volta para a prática de exercícios físicos.

“Graças a Deus mais uma vitória conquistada, após o acidente estou pela primeira vez voltando as atividades físicas na academia”, contou nos stories do perfil do Instagram Todos pelo Regi, criado após ele sofrer o acidente.

A personal trainer da academia que o acompanhou no primeiro dia também fez uma postagem registrando Regilânio praticando exercícios de treino dos membros superiores. “Eu quero ser instrumento de Deus na vida desse homem de fé, que vem se recuperando muito bem. Que ele seja muito bem recebido [na academia]. Vamos fazer de tudo para que ele seja acolhido, tenha uma excelente experiência e que a gente possa levar para ele mais qualidade vida, mais liberdade, mais autonomia”, relatou ela no Instagram.

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No fim de agosto deste ano, Regilânio voltou a ter sensibilidade nas pernas, segundo ele relatou ao Terra à época.

No dia do acidente, ele foi socorrido e conduzido ao hospital, onde recebeu a notícia de que estava paraplégico. Devido à gravidade do caso, ele passou por uma cirurgia que durou cerca de quatro horas, em que foi necessário fixar hastes e parafusos em sua coluna. O motorista passou seis dias internado, até receber alta hospitalar.

“Desde que cheguei do hospital venho sendo acompanhado por uma equipe muito boa de fisioterapeuta, enfermeira e psicóloga. E graças a Deus minha sensibilidade vem voltando a cada dia que passa, que era uma coisa que até os médicos não esperavam até o momento, né, porque foi uma coisa muito rápida”, disse ele em agosto.

Regilânio faz fisioterapia e tem esperança de que voltará a andar, o que tem como seu maior objetivo agora. “A esperança continua a mesma desde sempre, nunca desisti. E cada dia que passa minha esperança aumenta mais de voltar a andar um dia”, revelou à época.

Regilânio agradece ajuda financeira que recebeu

Em entrevista ao Terra, Regilânio agradeceu toda solidariedade que recebeu de diversas pessoas após o acidente. As doações e vaquinhas online permitiram que ele conseguisse continuar o tratamento em casa.

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“Eu nunca imaginei que teria essa repercussão. As doações e vaquinhas que fizeram foi muito importante para mim, porque aqui em casa eu sou o braço e as pernas, e depois do acidente minha vida parou. Até minha esposa, que trabalhava, saiu do emprego para cuidar de mim. Então, as ajudas permitiram ajudar na medicação, que são muita caras, e nos exames que preciso fazer. E também nas reformas da minha casa para melhorar a locomoção [acessibilidade]”, diz ele.

Relembre o acidente

Nas imagens, registradas por câmeras de segurança, Regilânio aparece sentado na base de um aparelho, quando, poucos segundos depois, o equipamento desaba sobre seus ombros. A vítima é rapidamente socorrida por outros três homens.

A queda do equipamento segue sem explicação. Regilânio disse que já havia utilizado o aparelho para treinar outras vezes, sem nenhum problema ter acontecido. O proprietário da academia alega que a manutenção estava em dia e que trata-se de um aparelho novo.

“Ele já havia recebido as instruções para utilizar a máquina. A máquina é extremamente nova, a manutenção dela estava em dias. Provavelmente a máquina não foi travada corretamente”, afirmou Fábio Ferreira.

A Promed, empresa que fabrica o aparelho, afirmou ao Fantástico que todos os seus equipamentos são fabricados dentro dos “mais rigorosos” padrões de qualidade. Sobre o acidente, explicou que a máquina estava funcionando de forma regular, que se solidariza com a vítima e a família, e que se coloca à disposição para outros esclarecimentos.

Regilânio não registrou um boletim de ocorrência sobre o caso, e diz que não tem intenção de entrar na Justiça contra a academia ou a fabricante do equipamento. No momento, seu foco é se recuperar e encontrar um novo emprego.

“Trabalho a gente pode inventar outro meio porque eu não tenho outra profissão, a não ser dirigir porque eu sempre trabalhei viajando. Eu gosto mesmo muito é do mato, da roça. Mas, aí, Deus proverá”, disse na época.

 

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