GERAL
Apagão de dados da Saúde compromete combate a Covid-19 entre grávidas e puérperas
Durante a pandemia atual, o Observatório Obstétrico Brasileiro (OOBr) tem monitorado os dados de Covid-19 da população materna (gestantes e puérperas) e de crianças até 2 anos de idade, além dos dados de vacinação da população materna.
Esse acompanhamento e os números atuais são disponibilizados em boletim semanal -acesso ao boletim em: https://oobr.substack.com.
O SIVEP-Gripe (base de dados do Ministério da Saúde sobre as internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave) era normalmente atualizado às quartas-feiras, sendo que os painéis do OOBr e o boletim do OOBr tinham divulgação todas as quintas-feiras.
No entanto, o mais recente boletim do OOBr data de 2 de dezembro de 2021, uma vez que a última atualização do SIVEP-Gripe do MS foi realizada em 1 de dezembro de 2021. São mais de 30 dias de apagão de dados e, até agora, o acesso às estatísticas públicas não foi restabelecido pelo Ministério da Saúde.
A situação é preocupante. Nesse início de ano assistimos ao avanço da Ômicron e ao aumento de casos em todo o mundo, inclusive entre gestantes e puérperas.
“Sem acesso aos dados atualizados, sem análises semanais dos cenários e tendências, fica uma lacuna de informações imprescindíveis para decisões baseadas em evidências científicas. E isso compromete a saúde das gestantes, puérperas e toda a população”, diz a Associação Médica Brasileira (AMB).
O Observatório Obstétrico Brasileiro (OOBr) é uma plataforma interativa de monitoramento, análises de dados públicos (da saúde, socioeconômicos e ambientais) cientificamente embasadas e disseminação de informações relevantes na área da saúde materno-infantil, com recortes estaduais e municipais.
O OOBr visa ser uma referência de informações acessíveis e confiáveis sobre saúde materno-infantil e ser um suporte importante para a tomada de decisões na área.
O OOBr conta com pesquisadores da UFES, USP e FACENS e tem o financiamento da Fundação Bill-Melinda Gates, CNPq, DECIT e FAPES.