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Após embates com Stefanutto, servidores do INSS comemoram queda

Servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) reagem positivamente à exoneração de Alessandro Stefanutto do comando do órgão, determinada nesta quarta-feira (23/4) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após operação da Polícia Federal (PF). A investigação apura cobranças indevidas feitas por entidades em contas de pensionistas e aposentados. O caso foi revelado pelo Metrópoles.
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, disse mais cedo que a indicação de Stefanutto era de sua “inteira responsabilidade” e afirmou que ele dava demonstrações de trabalho exemplar. Nos bastidores, o entendimento foi de que a postura do Lupi foi para ganhar tempo e deixar a Stefanutto o pedido de demissão, que seria uma saída “honrosa”.
A demissão foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União na noite desta quarta. A saída não foi “a pedido”, o que significa que não partiu do demitido. Quem assina a portaria de exoneração é a ministra da Casa Civil substituta, Miriam Belchior.
Greve no INSS
Após meses de greve em 2024, que resultou inclusive em uma ocupação do edifício-sede do INSS, em Brasília, os servidores vinham criticando a cúpula do instituto. Segundo eles, o modelo de gestão aplicado por Stefanutto e sua diretoria levaram o INSS a ter uma fila de 2 milhões de processos atrasados e outros milhões negados indevidamente e concedidos de forma errada.
Fontes ouvidas pelo Metrópoles acusaram o INSS de estar “um caos”. “Existia um chicote e não modelo de trabalho”, disse um funcionário à reportagem. A expectativa é de que o substituto tenha perfil diferente do de Stefanutto.
