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Após segundo ataque de jacaré no Acre, biólogo diz que não há muitos registros de ataques no Brasil
A reportagem do Na Hora da Notícia recebeu nesta segunda-feira, 7, a informação de dois ataques de jacarés no interior do Acre, ambos em Sena Madureira.
O primeiro foi de uma mulher, de 25 anos, moradora do Seringal Sardinha, que foi atacada quando retornava para casa e precisou ser levada ao hospital.
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O segundo de um garoto, que não teve a idade revelada, mas que, segundo informações, conseguiu escapar.
Neste segundo caso, moradores afirmam que o animal, de cinco metros, já teria comido três bezerros nos últimos dias e, por isso, foi morto.
A reportagem do Na Hora da Notícia conversou com Prof. Dr. Moisés Barbosa de Souza, do Centro de Ciências Biológicas e da Natureza – CCBN, Universidade Federal do Acre (UFAC). O biólogo explicou que, pelas imagens, se tratava do Melanosucus niger, conhecido popularmente por jacaré preto, jacaré-açu.
Segundo o doutor, o jacaré “chega a medir seis metros de comprimento e é tido como um predador de topo, chegando a comer grandes animais, inclusive seres humanos, cachorros, carneiros, bezerros, potros, capivaras e muitos outros. É comum atacar humanos, apesar que no Brasil não tenhamos muitos registros de ataques por parte desses animais, entretanto, temos que tomar cuidado ao entrar em ambientes habitados por estes animais”, explica.
O professor disse à reportagem ainda que já é do instinto do animal atacar e que, possivelmente, por habitar em açude, possa ser que não tivesse presa suficiente fazendo o jacaré atacar humanos.
Outro questionamento que o biólogo levanta em ambientes onde não falta alimentos para esses animais ele convive tranquilamente, inclusive, com suas presas, porém quando se trata dessa espécie em específico, todo cuidado é pouco, uma vez que ele tem uma velocidade absurda na água e também na terra. “Não tem ser humano que corra de um animal desse”, frisa.
Vale ressaltar que, no interior, se cultiva o hábito de matar animais de caça para alimentação, porém em casos como o do jacaré, o professor diz que além da questão alimentar tem o medo que as pessoas têm dele atacá-las, por isso são mortos.