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Após ser acusada de golpes, Xland perde processo por disputa de terreno no Acre
Conhecida nacionalmente após ser o centro das acusações de supostos golpes aplicados em jogadores do Palmeiras, a empresa com filial no Acre, Xland Holding, perdeu mais um processo nesta semana. Dias atrás, um malote de pedras preciosas foi bloqueado por decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo.
Desta vez, a empresa foi derrotada durante uma disputa por um terreno no Acre. O processo começou quando a EDP Transmissão Norte S/A, venceu uma licitação para concessão de serviços de energia elétrica, que vai desde o Acre a Rondônia. A empresa deve entrar em operação na região até setembro de 2026.
Acontece que em um dos locais onde a linha de transmissão deve passar, pertence à Xland, o que motivou a abertura do processo. A EDP alega que o local é de utilidade pública, e solicitou uma servidão administrativa com pedido de tutela de urgência de imissão na posse.
A informação foi divulgada pelo colunista Diego Garcia, do Uol Esportes, que informou que a EDP diz que tentou entrar em acordo de forma amigável com os sócios da Xland, mas não obteve retorno.
Por não se defender do processo, A Xland perdeu a ação. A justiça entendeu julgada à que entendeu que as alegações da EDP eram verdadeiras e concedeu a tutela de urgência e instituiu a servidão administrativa sobre a posse das terras.
Relembre o caso:
Os jogadores do Palmeiras Mayke Rocha Oliveira e Gustavo Scarpa teriam perdido 11 milhões de reais em golpe de empresa de criptomoedas que tem operação no Acre. O Ministério Público do Acre já abriu inquérito para investigar a empresa Xland Holding.
A empresa prometia um rendimento de até 5% ao mês, então, os jogadores resolveram investir uma alta quantia de dinheiro, com o intuito de gerar um lucro rentável. No entanto, ao solicitar o saque do dinheiro, não receberam a devolução da quantia.
A Xland Holding tem operações no estado do Acre e também em Brasília. Segundo informações do site da empresa fundada em 2019, seu serviço é de locação de cripto moeda e que através de investimentos seguros o cliente obteria resultados.
No processo, Mayke Rocha Oliveira pede que a Xland reembolse R$4,3 milhões com o acréscimo de um suposto lucro de R$3,2 milhões. Já Scarpa, solicita a devolução de R$6,3 milhões.
Em outubro de 2022, o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) denunciou a Xland Holding por um possível esquema de pirâmide, que prometia aos clientes rendimento fixo. O órgão apresentou uma proposta de ação civil pública contra a empresa.