Pesquisar
Close this search box.
RIO BRANCO
Pesquisar
Close this search box.

GERAL

Após três paradas cardíacas, menino aguarda na fila por cirurgia

Publicado em

Após três paradas cardíacas, menino de 14 anos aguarda na fila por cirurgia no coração em Ji-Paraná, RO — Foto: Rede Amazônica/Reprodução

Kaique Silva tem 14 anos e desde os 6 leva uma vida diferente das outras crianças de Ji-Paraná (RO). Ele não podia brincar na rua, jogar futebol ou fazer esforços físicos. Isso porque o menino foi diagnosticado ainda na infância com miocardiopatia hipertrófica, uma doença em que os músculos cardíacos tornam-se anormalmente espessos, causando falta de ar, dor e arritmias cardíacas.

“Não dá pra fazer muita coisa porque sempre que eu tentava correr, brincar com as outras crianças eu sempre era o que mais ficava cansado”, comenta.

Mesmo sempre dentro de casa, a mãe de Kaique, Elisangela Silva, diz que precisa ficar constantemente atenta à saúde do filho, até mesmo durante o sono.

“Eu entro no quarto dele à noite, vejo a respiração, percebo que ele está respirando tranquilo então volto a deitar”, explica a mãe.

Continua depois da publicidade

O primeiro susto

Kaique tinha 6 meses quando teve a primeira parada cardíaca. A mãe conta que acordou durante a noite e percebeu que o bebê estava com a boca roxa, quase sem respiração.

Na primeira consulta após esse episódio, os médicos o diagnosticaram com bronquite. Mas a família continuou fazendo observações em casa. Até que quando Kaique já tinha 6 anos a avó, Maria Pereira da Silva, que também sofria com arritmias, percebeu que o coração da criança batia com velocidade muito acelerada, igual ao dela.

Avó, mãe e Kaique em Ji-Paraná — Foto: Rede Amazônica/Reprodução
Avó, mãe e Kaique em Ji-Paraná — Foto: Rede Amazônica/Reprodução

A família levou a criança ao cardiologista, onde o diagnóstico correto de Kaique foi dado. De lá pra cá as preocupações continuam. Em 2021, durante uma parada cardíaca, a família quase perdeu as esperanças.

“Lembro que eu estava sentado jogando no celular até que não conseguia ouvir e ver direito as coisas e estava perdendo o movimento das mãos”, diz Kaique.

“Eu abracei e pedi: ‘Deus não leva ele. Não leva ele agora. A gente precisa lutar, eu sei que a gente vai conseguir, não leva meu filho embora’”, lembra a mãe.

Depois disso, mãe e filho viajaram até Fortaleza (CE), onde ele passou por uma cirurgia para colocar um aparelho no peito que ajuda a prevenir as paradas cardíacas. Mas isso é uma medida paliativa, o menino ainda precisa da cirurgia definitiva e essa espera já dura oito anos.

Continua depois da publicidade
Propaganda
Advertisement
plugins premium WordPress