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Autoridades se ausentam de coletiva sobre bebê declarado morto; médica evita comentar protocolos

A coletiva de imprensa marcada para a tarde deste sábado (25), no Hospital da Criança, anexo à Maternidade Bárbara Heliodora, em Rio Branco, acabou gerando mais dúvidas do que respostas sobre o caso do recém-nascido José Pedro, que chegou a ser declarado morto e, horas depois, foi encontrado com sinais vitais.
A médica pediatra Mariana Colodetti, responsável pelo segundo atendimento ao bebê, falou brevemente à imprensa, mas se limitou a descrever, de forma técnica, os procedimentos realizados após a segunda entrada da criança na maternidade. A profissional não esclareceu, no entanto, quais protocolos médicos foram seguidos durante o atendimento à mãe, Sabrina Souza da Costa, nem comentou o processo que levou à emissão do atestado de óbito.
A ausência do secretário estadual de Saúde, Pedro Pascoal, e da direção da Maternidade Bárbara Heliodora também foi notada. A expectativa era de que representantes do governo explicassem as medidas administrativas e técnicas que serão adotadas após o episódio, considerado grave pela opinião pública. A falta de esclarecimentos oficiais reforçou o clima de incerteza e indignação entre familiares e a população acreana.
De acordo com informações apuradas, o recém-nascido ficou cerca de 13 horas entre lençóis e dentro de um saco plástico, antes de apresentar sinais de vida — uma situação que gerou perplexidade e foi descrita por muitos como um verdadeiro milagre. Alguns chegaram a comparar o caso à chamada “síndrome de Lázaro”, termo usado popularmente quando uma pessoa apresenta sinais vitais após ter sido declarada morta.
Enquanto a sociedade e a família aguardam explicações concretas sobre o que de fato ocorreu, a ausência de respostas oficiais mantém o caso envolto em especulações. Até o momento, o governo do Acre não divulgou nota técnica nem anunciou a abertura de investigação formal para apurar o atendimento prestado e a conduta dos profissionais envolvidos.









