Avó faz enxoval de neta com material reciclado

A jornalista e servidora pública Kátia Oliveira, 53 anos, trabalha com reciclagem há mais de 30 anos. Ao Na Hora da Notícia ela contou que em sua casa 80% do que tem é reciclado. Sabendo da chegada da mais nova neta, a Ísis, a avó não pesou duas vezes em ajudar a filha, a educadora física Camila Oliveira, a montar o enxoval da mais nova integrante da família.

“Sempre gostei de reaproveitar as coisas, acho um desperdício desnecessário jogarmos tanto material que dá para reaproveitar fora. Também sempre penso que não posso jogar material plástico, ou outro que seja durável no lixo, porque isso vai poluir a natureza, vai acabar nos rios e no mar”, diz.

E foi exatamente com essa ideia que ela resolveu montar o enxoval da neta Ísis. Kátia deu uma repaginada no berço, que era do outro neto, e o pintou de branco.

“O berço foi comprado já de segunda mão, pela minha outra filha, a Katherine. Como o meu neto não estava mais usando e a Camila ficou grávida, ela deu o berço. Como ele [o berço] estava em um tom de azul, para adequar para a Ísis, minha neta que vai chegar, resolvemos pintar de branco. E como o Pereirão da família sou eu, fui lá fazer o serviço”, conta a avó.

Além do berço, usando uma cesta comprada por R$ 10,00, caixa de leite, vidros de maionese, de nescafé, fita, tinta spray e resto de tecidos, ela fiz o kit de higiene da neta. Kátia também fez a poltrona, tudo reciclado.

“Com o balde usado de pipoca, garrafa de iogurte, tintas e um bocal, eu fiz o abajur da Ísis. A poltrona de amamentação também é reciclada. Peguei na rua e transformei”, conta.

Em sua página no Instagram @pobrecomestilo, a jornalista mostra vários dos seus trabalhos com reciclagem com material que ela ganha ou encontra na rua. Uns ela transforma para casa, outros ela doa ou vende.

Tudo o que ela pode reaproveitar e sua imaginação mandar ela transforma. Coisas que aos olhos de muitos deve ir para o lixo ela deixa novo e utilizável por muito mais tempo.

“Prefiro dinheiro com boa alimentação, viagens, bons momentos com minha família, do quê comprando coisas. Até minhas roupas eu prefiro comprar em bazar. Por isso busco reaproveitar tudo e tento passar isso aos meus filhos e netos. O importante é o que somos, não o que temos”, finaliza a jornalista.