Pesquisar
Close this search box.
RIO BRANCO
Pesquisar
Close this search box.

GERAL

Banco Centrar sinaliza que taxa Selic de juros deve chegar ao patamar de dois dígitos, com mais de 10%

Publicado em

Banco Central. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Boletim divulgado nesta segunda-feira (31) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central informa que os juros básicos, a chamada taxa Selic, deve voltar, a partir de amanhã, ao patamar de dois dígitos, ou seja, acima de 10% ao ano. A reunião do Copom está prevista para ocorrer na terça-feira (1º). Quando a decisão será publicada.

Os chamados analistas de mercado financeiro dizem que a alta dos juros vão avançar dos atuais 9,25% para 10,75% ao ano. Será a primeira vez em quatro anos e meio (desde julho de 2017) que a taxa ficará em dois dígitos. Naquela ocasião, a Selic estava em 10,25% ao ano.

O atual ciclo de alta dos juros começou em março de 2021, quando a Selic subiu da mínima histórica de 2% para 2,75% ao ano. Desde então, foram sete altas seguidas, com a taxa atingindo o maior patamar em mais de quatro anos.

Continua depois da publicidade

Devido ao aumento da taxa básica da economia, os juros bancários tiveram em 2021 a maior alta em seis anos e atingiram 33,9% ao ano. Em cerca de 350% ao ano, o juro rotativo do cartão de crédito é o maior desde agosto de 2017.

O mercado financeiro espera novo aumento na taxa Selic em 2022. A expectativa é que a taxa suba para 11,75% ao ano, no próximo mês de março, e que volte a cair somente no começo de 2023 — quando recuaria para 11,25% ao ano.

O Banco Central tem elevado os juros para combater a inflação, que atingiu 10,06% ao ano em 2021, a maior em seis anos. A instituição atua com base no sistema de metas de inflação. Quando a inflação está alta, o BC eleva a Selic. Quando as estimativas para a inflação estão em linha com as metas, reduz a Selic.

No último ano, a inflação foi puxada principalmente pelos transportes, que apresentaram a maior variação (21,03%) e o maior impacto (4,19%) no IPCA do ano.

Na sequência vieram habitação (13,05%), que contribuiu com 2,05 pontos percentuais, e alimentação e bebidas (7,94%), com impacto de 1,68 ponto percentual. Juntos, os três grupos responderam por cerca de 80% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, indicador oficial da inflação) de 2021.

Com a disparada, a inflação ficou bem cima do teto da meta para 2021, que era de 5,25%. Pelo sistema vigente, o IPCA poderia ficar entre 2,5% e 5,25% para que a meta fosse oficialmente cumprida. O objetivo central oficial era de 3,75%.

Continua depois da publicidade

O BC já está mirando nas metas de inflação de 2022 e de 2023, cujo objetivo central é de, respectivamente, 3,5% e de 3,25% ao ano. Para este ano, o mercado estima, até o momento, novo estouro da meta de inflação.

Propaganda
Advertisement
plugins premium WordPress