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GERAL

Bioeconomia para Francisco Piyãko, é “viver sem destruir a floresta”

Publicado em

Foto: Sérgio Vale

No Seminário Internacional Txai Amazônia, em Rio Branco, o líder indígena Francisco Piyãko, do povo Ashaninka do Acre, destacou a bioeconomia como um conceito que reflete a ancestral relação equilibrada dos povos originários com a floresta amazônica. Para Piyãko, a bioeconomia, vista como inovação pelo mundo ocidental, é, na verdade, a prática tradicional de extração sustentável dos recursos florestais.

O líder indígena explicou que a bioeconomia indígena é um sistema de comércio interno intrinsecamente ligado à natureza, baseado na sustentabilidade e na preservação da floresta. Ele ressaltou a importância do diálogo entre o conhecimento tradicional e a ciência moderna, destacando o Seminário Txai Amazônia como um espaço crucial para esse encontro.

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Piyãko reconheceu que, embora existam avanços nas relações comerciais envolvendo produtos da floresta, os valores pagos aos povos indígenas nem sempre refletem o valor agregado do seu trabalho e conhecimento tradicional. Ele defendeu a necessidade de um mercado justo que recompense a sustentabilidade e a preservação ambiental, gerando retorno para a floresta e para as comunidades.

O Seminário Internacional Txai Amazônia, que ocorre até 28 de junho na Universidade Federal do Acre, promove políticas públicas e modelos de desenvolvimento sustentável para a região amazônica. O evento inclui painéis temáticos, mostra de bioeconomia, feira de empreendedores e apresentações culturais. A participação de Piyãko destaca a importância da inclusão e valorização dos conhecimentos tradicionais na construção de um futuro sustentável para a Amazônia.

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