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Bióloga promove primeiro desfile de moda no AC com reutilização de tecidos tingidos de forma natural

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Acreana promove desfile sustentável com peças confeccionadas por 15 pessoas. Foto: Arquivo pessoal.

O projeto “Moda Sustentável Hibrida: Tingimento Natural com insumos Acreanos e técnicas de upcycling” realiza no próximo dia 30 de abril, às 19h no Espaço A, um evento gratuito e aberto ao público para dar visibilidade e estimular a produção de moda voltada à sustentabilidade.

Segundo a organizadora do evento, Denise Arruda, o objetivo do evento também é de resgatar técnicas usadas pelos povos antigos para embelezamento das roupas. Estas peças, por sua vez, farão parte de um desfile de moda.

“Vai ser a junção de duas técnicas: tingimento natural e upcycling. Nesse desfile, teremos 15 participantes que foram sorteados através de um formulário da plataforma Google. Eles idealizaram e desenharam suas peças. Com auxílio de uma equipe, foi realizada a confecção da peça e será mostrada no desfile, sendo o próprio participante o modelo de sua criação. Teremos premiação em dinheiro para os três primeiros colocados e o desfile contará com cinco jurados”, esclareceu, complementando que o primeiro lugar ganha R$1 mil, o segundo leva R$500 e o terceiro, R$300.

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Peças são tingidas de forma natural e reutilizadas. Foto: Arquivo pessoal.

Arruda, que é formada em biologia e apaixonada pela moda, já tem contato com o tingimento e comentou ainda que não há registros de desfiles de fingimento natural com roupas já existentes no Acre, logo, é um evento pioneiro. Açafrão e cajiru são alguns dos itens regionais utilizados na técnica de reutilização.

O projeto tem como finalidade dar visibilidade e estimular a produção de moda voltada a valorização ambiental, criatividade na moda sustentável acreana e também o resgate cultural das técnicas utilizadas pelos povos antigos para embelezamento de suas roupas.

Esta iniciativa foi contemplada com os recursos da Lei Aldir Blanc, financiado pelo Governo do Acre através da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), e escolheu 15 participantes que entram apenas com a criatividade, sem precisar gastar com outros itens, já que os recursos cobrem. As roupas, por sua vez, foram adquiridas em bazar e trazidas pelos próprios participantes.

eças são tingidas de forma natural e reutilizadas. Foto: Arquivo pessoal.

A organizadora falou ainda que por ser algo pioneiro na região, o foco principal do desfile é de resgatar esta prática que nasceu com os povos antigos.

“Nosso objetivo é para que as pessoas abram a mente e entendam que é possível, sim, a prática da reutilização, dando uma nova cara a aquelas peças que, de repente, seriam descartadas. Essa técnica não é a reciclagem em si, mas sim a transformação em outras peças com itens que já temos”, frisou.

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