A Justiça de São Paulo deu prosseguimento, nesta terça-feira (4/4), ao processo de coleta de e-mails de integrantes da cúpula da Americanas. A juíza Andréa Galhardo Palma, da 2ª Vara Regional de Competência Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), deu prazo de 48 horas para que o Bradesco envie a lista dos executivos cujas mensagens serão periciadas. A relação deve, contudo, excluir os advogados da varejista.
Na segunda-feira (3/4), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou a busca e apreensão dos e-mails trocados pela cúpula da Americanas, nos últimos dez anos. Ele, porém, definiu que devem ser excluídas da perícia as mensagens, assim como documentos e dados, trocados entre advogados e diretores e membros dos conselhos de administração e fiscal da varejista.
A decisão de Moraes foi tomada a partir de pedido de cancelamento da busca e apreensão, feito pelos advogados da Americanas. Na ocasião, eles alegaram que havia o risco de quebra de sigilo profissional, caso a comunicação entre os representantes legais e os executivos da empresa se tornasse pública.
O pedido de acesso às mensagens, por sua vez, havia sido feito em fevereiro, pelo Bradesco. Na ocasião, a perícia foi autorizada pela juíza Andréa Galhardo Palma. Moraes julgou o argumento dos advogados da Americanas “parcialmente procedente”. Assim, autorizou a busca e apreensão dos e-mails dos executivos, mas determinou que fossem excluídas as mensagens trocadas entre os representantes da varejista e seus advogados.
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